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Na Justiça, Airbus culpa TAM, pilotos e Infraero por tragédia que matou 199

Declaração foi dada em processo civil movido por seguradora, que alega falha em avião

São Paulo|Do R7

Acidente com Airbus da TAM em 2007 deixou 199 mortos
Acidente com Airbus da TAM em 2007 deixou 199 mortos

A fabricante Airbus negou falha na aeronave A320 da TAM, que, em julho de 2007, explodiu contra um prédio ao tentar pousar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, deixando 199 mortos. A fabricante do avião disse à Justiça que os dois pilotos, a TAM e as condições do aeroporto foram os responsáveis pelo acidente, a maior tragédia da aviação brasileira. As informações são da Folha de S.Paulo.

É a primeira vez que se tornam públicas as declarações da Airbus sobre as causas do desastre. A empresa nunca havia atribuído oficialmente a culpa aos envolvidos, entre eles, a TAM, sua maior cliente na América Latina.

As declarações fazem parte de processo civil movido pela Itaú Seguros, contratada pela empresa aérea. A seguradora tenta recuperar o que gastou com o pagamento de indenizações em função da tragédia. Ela argumenta ter ocorrido falha no projeto do avião, o que a fabricante nega. 

Conforme reportagem da Folha de S.Paulo, ao se defender no processo, a Airbus alega que o comandante e o copiloto, mortos no acidente, foram os principais culpados. Já em relação à TAM e Congonhas, administrado pela Infraero, a fabricante entende que contribuíram para a ocorrência do desastre.


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Sem desfecho

Na esfera penal, as primeiras audiências do caso na Justiça Federal aconteceram apenas seis anos após o acidente, em agosto de 2013. O processo ainda não teve um desfecho.


Além da ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Cicil), Denise Abreu, será julgado o diretor de Segurança de Voo da companhia, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro. Eles foram acusados pelo procurador da República Rodrigo de Grandis e respondem pelo crime de “atentado contra a segurança de transporte aéreo”. Inicialmente, foram denunciados na modalidade culposa, mas a Procuradoria pediu alteração da imputação penal para crime doloso.

Em um primeiro momento, além de Denise e Castro, o então vice-presidente de Operações da TAM Alberto Fajerman também chegou a ser denunciado, mas sua absolvição foi requisitada, porque não teriam sido obtidas provas para condená-lo.

Os pedidos de alteração da imputação penal e de absolvição de Fajerman serão analisados pelo juiz na própria sentença, já que as solicitações foram feitas nas alegações finais, segundo a assessoria de imprensa da Justiça Federal.

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