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'Não caiu a ficha ainda', diz vítima liberada em sequestro de quase 3 horas na zona norte de São Paulo

Segundo a PM, o acionamento das equipes foi para um roubo com retenção de vítima. Casal ficou quase três horas dentro do veículo

São Paulo|Do R7

Vítima ficou 2h30 mantida refém dentro de carro na zona norte de São Paulo
Vítima ficou 2h30 mantida refém dentro de carro na zona norte de São Paulo

A mulher mantida refém em um sequestro de quase três horas, nesta quarta-feira (21), na Brasilândia, zona norte de São Paulo, disse se sentir aliviada após ter sido liberada. "Não caiu a ficha ainda", diz Silvana.

O homem que manteve um casal refém, na manhã desta sexta-feira (21), se entregou à polícia. O homem e a mulher foram liberados por volta das 9h50 desta manhã.

A polícia acredita que, durante o período em que as vítimas permaneceram no veículo, os suspeitos tentaram fazer transferências por meio de Pix. O homem chegou a exigir água, cigarro e advogado para liberar as vítimas. As equipes trabalharam durante mais de 2h30 negociando o resgate.

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A ocorrência começou às 6h40, na avenida das Cerejeiras, na Vila Maria, também na zona norte, quando três suspeitos abordaram um casal a caminho do trabalho. Testemunhas do crime acionaram a corporação para um roubo com vítima. Mas não souberam informar a placa do carro, somente as características.


As equipes já haviam iniciado as buscas quando o veículo, um Land Rover modelo Velar, do ano de 2021, passou pelo radar do Projeto Detecta, próximo ao Sambódromo do Anhembi. O automóvel é avaliado em mais de meio milhão de reais.

Com isso, as viaturas intensificaram as buscas. Na rua Eurídice Bueno, na altura da estrada do Sabão, na Vila Serralheiro, o carro foi visto. As equipes deram a ordem de parada, que não foi obedecida.


Nesse momento, dois dos três envolvidos conseguiram pular do veículo e fugir a pé. O carro, que é blindado, ficou com uma marca de tiro no para-brisa. Até o momento, não há informação se o disparo veio de fora ou de dentro do automóvel.

O sequestro

O terceiro homem, identificado somente como Bruno, de 30 anos, continuou a manter o casal refém por cerca de três horas. Segundo a polícia, a demora para que o sequestrador se entregasse se deu porque ele fazia transferências via Pix das contas bancárias das vítimas.


O homem fez quatro exigências à polícia: uma água, um cigarro, a presença da mãe e de um advogado. A namorada do suspeito também esteve no local. As negociações ocorreram por meio de chamadas de vídeo com o sequestrador.

Após cerca de três horas, por volta das 9h50, Bruno liberou, primeiro, a mulher. Em seguida, desceu do carro, usando o homem como escudo. Desarmado, ele ergueu os braços e se entregou.

Segundo informações, Bruno havia sido preso por tentativa de roubo e estava detido em um presídio na região metropolitana de São Paulo. Ele deixou o sistema durante uma saída de Dia dos Pais e nunca mais retornou.

Vítimas sem ferimentos

As vítimas não sofreram ferimentos, mas Bruno estava com um sangramento na cabeça, que a polícia acredita ter sido causado pelos estilhaços do vidro do para-brisa. Ele foi encaminhado para um pronto socorro da região.

No interior do carro, foram encontrados chaves de carros — que a PM vai verificar a quem pertence —; uma arma, modelo pistola, do criminoso; e os celulares das vítimas, quebrados e com os chips destruídos, para esconder os rastros das transferências bancárias.

As vítimas estão sendo ouvidas e, até o momento, não há informação do prejuízo sofrido pelo casal. Atenderam à ocorrência equipes da Polícia Militar, do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) e do Choque. O caso foi encaminhado à Dope (Divisão de Antissequestro do Departamento de Operações Policiais Estratégicas).

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