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'Não precisava fazer crueldade', diz parente de família morta no ABC

Flávio Menezes afirmou que sobrinha, suspeita do crime, mudou muito desde que começou a se relacionar com Carina, também suspeita de participação  

São Paulo|Joyce Ribeiro, do R7, com informações da Record TV

'A gente não conhecia mais a Ana Flávia', diz tio de suspeita de matar a família
'A gente não conhecia mais a Ana Flávia', diz tio de suspeita de matar a família

Flávio Menezes, o tio de Ana Flávia Gonçalves, principal suspeita das mortes dos pais Flaviana e Romuyuki e do irmão de 15 anos, afirmou que a sobrinha mudou muito desde que começou a se relacionar com Carina Ramos, há um ano e meio. "A família é muito unida. A gente não conhecia mais a Ana Flávia, mas ninguém te muda. Eu creio que vai pagar", disse o tio.

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As duas estão casadas e presas temporariamente por 30 dias, suspeitas de envolvimento nos três assassinatos. Flávio não acredita que o fato de o pai não aceitar bem o relacionamento homossexual da filha tenha sido a motivação do crime: "meu cunhado era bem reservado, não gostava de alguns comportamentos na frente dele, mas, na maneira dele, aceitava. Tanto que a filha trabalhava com a mãe nas lojas que ele montou".

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Flávio explica ainda que a versão apresentada pela filha do casal, de que a família saiu do condomínio em Santo André para pagar um agiota, não tem fundamento. "Meu cunhado nunca se envolveu com agiota. Ele e minha irmã que sempre socorreram financeiramente a família", argumentou.

Os parentes ainda tentam assimilar a informação de que a filha mais velha do casal, de 24 anos, é a principal suspeita das mortes. "Não tinha necessidade. Não precisava fazer essa crueldade com pessoas que não mereciam. É um ato satânico fazer isso com pai, mãe. Um crime macabro", revelou Flávio.


As vítimas teriam sido mortas a pauladas antes de terem os corpos queimados. Agora a polícia procura pelo 3º suspeito de participação nas mortes. Seria um homem de cerca de 1,90m, já identificado, visto por uma testemunha. Os três corpos foram encontrados carbonizados no porta-malas do carro da família, que foi abandonado numa estrada de terra em São Bernardo do Campo no dia 28. 

O advogado de Ana Flávia afirma que as duas suspeitas negam envolvimento no crime.

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