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Novas cartas do PCC com ameaças a promotor são apreendidas em SP

Material foi interceptado dentro da Penitenciária de Junqueirópolis, no interior de São Paulo. Segundo os agentes, as cartas seriam criptografadas

São Paulo|Ingrid Alfaya, do R7

Cartas do PCC com ordens para executar promotor
Cartas do PCC com ordens para executar promotor

Novas cartas de supostos membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) com ordens para execução do promotor que investiga o crime organizado, Lincoln Gakiya, foram apreendidas na última segunda-feira (21).

Agentes penitenciários interceptaram o material dentro da Penitenciária de Junqueirópolis, no interior de São Paulo. Segundo os agentes, as cartas que foram apreendidas seriam criptografadas pela fação criminosa.

Roberto Medina, coordenador dos presídios da região oeste do estado de São Paulo, Luiz Fernando Negrão Bizzoto, diretor-geral da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau e Maurício Moreira Souza, diretor de Segurança e Disciplina da Penitenciária 1 de Presidente Venceslau, também foram citados.

Cartas foram interceptado dentro da Penitenciária de Junqueirópolis
Cartas foram interceptado dentro da Penitenciária de Junqueirópolis

Uma das cartas começa questionando a demora em cumprir a ordem de eliminar Gakiya e os agentes penitenciários: “Japonês eu até entendo, anda de carro blindado e escolta. Mais e os outros ? Esses caras tão pagando pra ver, é sempre nos mesmos horários, e vocês estão fazendo corpo mole, já era pra ter posto no chão”.


Em outro trecho, sobre Roberto Medida e Luiz Fernando Negrão Bizzoto, um preso escreve fala de um suposto mapa do crime "vocês tem que monta (sic) por ordem: placa, cor do carro, horários, rua, número da casa. É a mesma fita monta o mapa e manda pros responsável".

"Já ta tudo no pente é só executar. Esse cara ta tirando, ta duvidando das nossas forças, pode pá matando ele, os outros não vão pagar pra ver. Já foram feita as liberações das armas é só retirar naquela quebrada", explica outro parte manuscrito sobre Maurício Moreira Souza.


O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) afirmou que não irá se pronunciar sobre o ocorrido. No entanto, reforçou que Lincoln Gakyia já se encontra desde o final do ano passado e que as providencias cabíveis serão tomadas nos próximos dias pela força-tarefa que investiga ameaças ao promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado).

A reportagem do R7 procurou a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) que confirmou que agentes da Penitenciária de Junqueirópolis encontraram durante revista na unidade cartas que conteriam ameaças a funcionários da SAP e autoridades. Segundo o órgão, será solicitada a internação de dois presos envolvidos no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado). 


Já a SSP (Secretaria de Segurança Pública), não retornou o contato.

Outras cartas

Em dezembro, duas mulheres foram presas pela Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), na saída da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. Com elas foram encontradas duas cartas codificadas, com ordens da alta cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital). As duas mulheres foram presas em flagrante.

As cartas, que foram decodificadas pela polícia, também continham um suposto plano de matar um servidor da SAP (Sistema Administração Penitenciária) e o promotor Lincoln Gakiya, caso a cúpula da facção fosse transferida para presídios federais. Na época, a informação foi confirmada pelo próprio promotor, que não quis dar entrevista.

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