Pouco mais de um mês desde do primeiro caso, a variante Ômicron do novo coronavírus responde por 80,95% das infecções por Covid-19 na cidade de São Paulo. A informação foi divulgada pela secretaria municipal de Saúde nesta terça-feira (11), com os dados preliminares de sequenciamento genético de 105 amostras coletadas em parceria com o Instituto Butantan. Dessas, 20 (19,4%) foram positivas para variante Delta e 85 (80,95%) para a Ômicron, que agora totaliza 154 casos na capital. No último levantamento divulgado pela prefeitura, a cepa correspondia a 50% dos casos. O acompanhamento é realizado por meio da coleta e sequenciamento genômico de cerca de 40% das amostras positivas para Covid-19 no município. A variante Ômicron representa um "risco muito elevado", de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), e é considerada a responsável pelo recordes mundiais consecutivos de casos, com a piora da pandemia nos EUA e na Europa. A cepa, no entanto, parece provocar casos mais leves, segundo apontam estudos e as autoridades dos países mais afetados até agora. Na capital, a nova linhagem provocou, junto da influenza, um aumento de 156% do número de casos de síndrome gripal nas unidades municipais de saúde e fez as internações dobrarem no período de um mês. As infecções pressionam as unidades da rede pública e privada, que registram superlotação e horas de fila de espera dos pacientes. Para acompanhar o surto, a prefeitura criou um mutirão de testagem e facilitou o atendimento para pessoas com sintomas de gripe na rede pública de saúde. A vacinação contra influenza também foi antecipada na capital.