Paraisópolis: Unicef pede urgência nas investigações das mortes
Fundo citou direitos garantidos aos jovens, adolescentes e crianças brasileiras e pediu por apurações do episódio e os responsáveis pela tragédia
São Paulo|Do R7
O Unicef se pronunciou sobre a morte de nove pessoas em tumulto depois de uma ação policial em um baile funk na comunidade de Paraisópolis, em São Paulo, e pediu urgência para "apurar as circunstâncias e a responsabilidade pelas mortes" no episódio.
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Em nota, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (em tradução do inglês) afirmou que é necessário tratar o episódio com prioridade absoluta, citando o que é garantido pela Convenção sobre os Direitos da Criança, a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente. "Uma vida sem medo, sem racismo, sem violência é direito de cada criança, adolescente e jovem, independente do local onde mora", finalizou a instituição.
O Unicef é mantido pela ONU (Organização das Nações Unidas) e atua no Brasil desde 1950, apoiando ações que combatam a vulnerabilidade social de crianças e jovens no país.
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O pisoteamento é apontado pelos agentes que estiveram na ocorrência como a causa da morte dos nove jovens na madrugada do último domingo (1). Uma investigação na Corregedoria da Polícia Militar apura o episódio, assim como um inquérito, a partir do DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Desde janeiro 2019, a PM realizou 7.597 operações em bailes funks e pancadões, em mais de 14 mil pontos. As ações mobilizaram 95.706 policiais e 37.445 viaturas, o que resultou na prisão de 1.275 pessoas e mais de 1,7 tonelada de drogas apreendida, de acordo com dados fornecidos pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública).