A percepção de qualidade de vida na cidade de São Paulo diminuiu entre 2019 e 2020, revela pesquisa "Viver em São Paulo: qualidade de vida", realizada pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ibope Inteligência, e divulgada nesta quinta-feira (21).
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Solicitados a darem notas de 1 a 10 para a qualidade de vida no município, mais paulistanos escolheram entre 1 e 5 (38% dos entrevistados), enquanto a quantidade de 9 e 10 (15%) diminuiu. Notas entre 6 e 8 permaneceram na mesma porcentagem (47%) da população ouvida pelo estudo anterior.
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Em 2019, a percepção era ligeiramente melhor para os habitantes da capital paulista: 33% escolheram notas entre 1 e 5, 47% ficaram entre 6 e 8, e os 20% restantes deram notas 9 ou 10.
Quando perguntados diretamente se qualidade de vida melhorou ou piorou, os paulistanos também apontaram para uma piora em 2020.
Do total de entrevistados, 5% afirmaram que melhorou muito (contra 9% em 2019), 14% disseram que melhorou pouco (22% em 2019), 39% avaliaram que a cidade permaneceu estável (41% em 2019), 27% acreditam que piorou pouco (18% em 2019) e 16% consideram que piorou muito (10% em 2019).
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Paulistanos orgulhosos ainda são maioria, mas diminuem
A pesquisa perguntou também aos paulistanos se sentem orgulho de viver na capital paulista. De modo geral, os orgulhosos – pouco ou muito – diminuíram de 2019 para 2020.
No ano passado, 34% dos habitantes de São Paulo se disseram muito orgulhosos de onde vivem, 43% sentem pouco orgulho e 21% disseram não sentir; 1% não respondeu.
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Em 2019, 38% se afirmavam muito orgulhosos, 41% disseram sentir um pouco de orgulho e 20% não sentiam. O restante não respondeu.
Apesar do orgulho, a maioria dos moradores do município também afirma que, se pudesse, deixaria a cidade: são 60% contra 40% que não sairiam de São Paulo.
O número era ainda maior em 2019, quando 64% registraram o interesse de sair da capital e 36% eram os que desejavam permanecer.
O estudo ouviu 800 moradores da capital paulista com 16 anos ou mais, entre os dias 5 de dezembro e 4 de janeiro, por entrevistas online e domiciliares com questionário. A amostra é desproporcional para permitir a análise regionalizada. A margem de erro é de 3 pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%