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Plano São Paulo: especialistas falam que só restrição não é suficiente

Para presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, medidas sozinhas não conseguirão diminuir a taxa de transmissibilidade

São Paulo|

Doria durante coletiva de imprensa para atualização do Plano São Paulo
Doria durante coletiva de imprensa para atualização do Plano São Paulo Doria durante coletiva de imprensa para atualização do Plano São Paulo

As restrições de mobilidade foram encaradas por especialistas como um avanço no combate à covid-19. No entanto, consideram que elas são insuficientes para conter a transmissão do vírus.

"Eu vi avanço na alteração do Plano São Paulo. Muitas cidades regrediram para a fase vermelha e todo o Estado está no mínimo na fase laranja, o que mostra a gravidade da situação", aponta Domingos Alves, professor de medicina da Universidade de São Paulo de Rio Preto.

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Para ele, as medidas "são de desespero", uma maneira de sinalizar para a população que ações estão sendo tomadas para conter o coronavírus, mas não suficientes. "Não existem evidências de que elas contenham a taxa de transmissão."

"Isso vem de uma posição equivocada do secretário de Saúde do Estado, que dizia que a transmissão maior vinha de quem se aglomerava à noite em bares e restaurantes. Mas isso desconsidera quem precisa pegar trem e ônibus para trabalhar ou atende nos comércios, por exemplo", aponta Alves.

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Presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri acredita que as medidas sozinhas não conseguirão diminuir a taxa de transmissibilidade. "Infelizmente, dependemos muito do comportamento das pessoas. O problema não está no shopping, no comércio ou na academia, porque você pode estar em um serviço essencial que nunca fechou e estar aglomerado, sem máscara e sem distanciamento", avalia. "Tão importante quanto essas medidas é o comportamento das pessoas".

Kfouri acredita ser o momento de "aumentar as restrições" e ainda encara com preocupação o potencial de contágio do vírus em eventos noturnos, especialmente nas festas clandestinas que têm se alastrado pelo País.

"É um absurdo fazer baladas e aglomerações desnecessárias em pandemia. Essa questão de 'sou jovem, assumo o risco e não estou prejudicando ninguém' não é verdade porque impacta toda a comunidade", afirmou o especialista.

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