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PM de SP tem 1º semestre mais letal em 25 anos e mata 498 pessoas

Mortes pela PM bateram recorde histórico. Casos são registrados como "morte decorrente de intervenção policial", quando há supostos confrontos

São Paulo|Guilherme Padin e Kaique Dalapola, do R7

1º semestre de 2020 é o mais letal da PM
1º semestre de 2020 é o mais letal da PM 1º semestre de 2020 é o mais letal da PM

O número de pessoas mortas por policiais militares no Estado de São Paulo bateu recorde histórico em 2020. Entre janeiro e junho deste ano houve 498 mortes registradas como "morte decorrente de intervenção policial". Esse é o maior número para o primeiro semestre desde 1996 — início da série histórica divulgada pelo governo paulista.

Conforme os dados divulgados pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) nesta sexta-feira (24), 435 pessoas morreram após supostamente entrarem em confronto com PMs em serviço, e outras 63 perderam a vida em casos envolvendo policiais de folga.

Os dados mensais mais recentes divulgados pela SSP-SP apontam que 47 pessoas perderam a vida após supostos confrontos com PMs em serviço e outras nove depois de supostamente resistirem a abordagem de policiais de folga no mês de junho.

Em 2020, abril foi o mês com mais casos de "morte decorrente de intervenção policial". Segundo os dados do Governo de São Paulo, 102 pessoas foram mortas no quarto mês deste ano.

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Até fechar o primeiro semestre deste ano, o número mais alto para os primeiros seis meses de um ano – desde 1996, com dados anuais completos – foi em 2003, com 461 óbitos registrados.

Questionada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo enviou a seguinte nota:

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"A SSP, em parceria com as polícias, tem atuado para combater à criminalidade e reduzir os indicadores criminais, incluindo os crimes contra a vida. Ao longo dos últimos 20 anos, o Estado registrou uma diminuição de mais de 80% tanto no número de casos quanto de vítimas de homicídios dolosos. As atuais taxas destes indicadores em São Paulo estão entre as menores do país. Em junho, foram 6,37 casos 6,64 vítimas por 100 mil habitantes, respectivamente. A variação dos indicadores no acumulado do semestre foi puxada principalmente pelas ocorrências de brigas interpessoais entre conhecidos.

O trabalho forte e integrado entre polícias paulistas possibilitou que somente no primeiro semestre 87.798 criminosos fossem presos, 5.894 armas irregulares, incluindo 43 fuzis, apreendidos cerca de 100 toneladas de drogas retiradas das ruas. A ação coordenada permitiu ainda a redução de todas as modalidades de furto, dos estupros, roubo de carga, de veículo e em geral no período.

Em relação à letalidade, a SSP reitera que o confronto não é opção dos policiais, que atuam para prender e levar à Justiça aqueles que infringem e Lei. Todas as ocorrências de MDIP [morte decorrente de intervenção policial] são analisadas pelas instituições, rigorosamente investigadas e comunicadas ao Ministério Público. Medidas para reduzir a incidência desses casos são permanentemente avaliadas e implementadas pelas instituições. No mesmo período citado pela reportagem, o número de policiais mortos saltou de 16 para 28."

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