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PM entra em escola e usa arma para empurrar aluna. Veja vídeo

Segundo a Polícia Militar, a PM foi acionada porque os alunos estavam realizando um protesto no pátio da escola estadual de Guarulhos (Grande SP)

São Paulo|Kaique Dalapola, do R7, e Marcos Rosendo, da Agência Record

Vídeo mostra um policial militar empurrando por pelo menos duas vezes uma estudante do terceiro ano do ensino médio, dentro da escola estadual Frederico de Barros Brotero, em Guarulhos (Grande São Paulo), no início da noite desta quinta-feira (4).

As imagens revelam que o policial militar empurra primeiro com o braço e depois usa uma escopeta para tentar tirar a aluna de 17 anos de perto dos agentes. 

Nas mesmas imagens é possível ver que um professor da escola ainda tenta impedir a ação agressiva dos policiais. Alguns alunos também gritam como forma de protesto e um diz estar gravando para tentar inibir os policiais.

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Marca da arma do policial na adolescente
Marca da arma do policial na adolescente

De acordo com a PM, os policiais foram acionados pela direção da escola para acompanhar uma manifestação dos alunos no pátio da escola. A movimentação dos alunos havia começado no período da manhã desta quinta.

Ainda segundo a Polícia Militar, a ocorrência foi encerrada sem que ninguém fosse levado para a delegacia.


O advogado Ariel de Castro Alves, membro da Comissão do Direito da Criança e do Adolescente do Condepe (Conselho Estadual de Direitos Humanos), disse que o vídeo mostra "policiais despreparados".

Alves afirma que enviou as imagens para serem analisadas pela Ouvidoria de Polícia. "Se ocorresse um disparo certamente o policial alegaria falha da arma e disparo acidental para ficar impune, como costuma ocorrer".


Procurada pela reportagem, a PM disse que "tomou ciência do vídeo e instaurou investigação para analisar a conduta dos policiais e todas as circunstâncias da ocorrência, o que poderá resultar no afastamento do serviço operacional".

O R7 também procurou a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) se posicionar sobre a ocorrência. No entanto, não houve retorno da pasta até a publicação desta reportagem.

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A manifestação dos alunos no pátio da escola teria como alvo o atual diretor da instituição. Segundo uma estudante, que preferiu não ser identificada, o diretor "não está agindo de acordo com o cargo dele".

"A escola está com diversos problemas, cheia de goteiras, e ele [diretor] se preocupando com festas. Ele fecha o portão antes dos horários, para os alunos não entrarem", diz.

Segundo o membro do Condepe, "reivindicações e questões educacionais não podem ser tratados como caso de polícia".

A reportagem tentou contato com Secretaria Estadual de Educação, mas também ainda não obteve retorno.

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