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PM mata homem a tiros após briga por faixa de trânsito em SP

Cartaz que caiu e quase atingiu o agente teria sido motivo da discussão; vítima prestava serviço para a CET e deixa quatro filhos

São Paulo|Isabelle Gandolphi, da Agência Record

Briga entre PM e funcionário que prestava serviço para a CET ocorreu por conta de faixa de trânsito
Briga entre PM e funcionário que prestava serviço para a CET ocorreu por conta de faixa de trânsito

Um policial militar de folga foi preso após ter matado a tiros um homem que prestava serviço para a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) durante uma briga na região de Santana, zona norte de São Paulo, na noite de quinta-feira (13).

A discussão teria se iniciado depois que uma faixa de trânsito, que estava sendo instalada pela vítima, escapou devido ao vento forte e quase atingiu o suspeito, que passava pelo local numa moto.

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Identificado como Hartur Bruno de Cicco, o PM estava armado. Ele não gostou do ocorrido e voltou para discutir com os responsáveis pela instalação das faixas.

De acordo com a Polícia Militar, os dois trocaram tapas e, em certo momento, Alberes Fernandes de Lima, que era um dos trabalhadores, percebeu que Hartur estava armado e tentou desarmá-lo. O PM se desvencilhou e disparou contra o homem.


Testemunha nega versão da PM

A informação, porém, é negada por Cauê, colega de Alberes, que prestava serviço com a vítima. Após quase ser atingido pela faixa, o policial já desembarcou da moto xingando os dois.

Alberes teria respondido às ofensas, o que iniciou a confusão. Após a luta corporal entre Hartur e Alberes, o PM sacou a arma e disparou contra o rosto do funcionário, sem que ele tivesse tempo de se defender.


A vítima, que foi atingida por um único disparo na cabeça, chegou a ser levada com vida ao Pronto-Socorro Municipal Lauro Ribas Braga, mas não resistiu aos ferimentos.

Cauê é a principal testemunha do caso. Um segundo motociclista também presenciou o crime, e Hartur foi preso em flagrante. O boné que Alberes usava ficou ensanguentado e com a marca do disparo.

A vítima tinha 35 anos e deixa quatro filhos. O homem não é técnico da CET, mas sim de uma empresa parceira que faz faixas e é contratada para executar esses serviços.

Nesta sexta-feira (14), Hartur será submetido à audiência de custódia no TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

O caso foi registrado no 13° DP (Casa Verde) como homicídio doloso, quando há intenção de matar.

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