O agente de segurança penitenciária de São Paulo Florisval Alves da Silva, de 56 anos, é suspeito de ter matado o soldado da Polícia Militar Yan Kaue Santos Ferreira e também de ter baleado o jovem Fellipe Russo de Toledo, de 26 anos em um bar no bairro da Lapa, na zona oeste de São Paulo, por volta das 22h50 da última sexta-feira (17).
De acordo com o Boletim de Ocorrência do caso, o agente Silva e o jovem Toledo teriam iniciado uma briga dentro do estabelecimento. O agente foi até seu carro, no estacionamento, pegou uma arma e voltou atirando contra o rapaz. Toledo foi baleado no quadril e no tórax. Uma das balas teria perfurado a perna e saído pelas nádegas, e a outra saiu pela axila.
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Ainda segundo o B.O., funcionários do bar chamaram o soldado Ferreira, que jantava no local juntamente com a namorada que também é soldado da PM de SP, para intervir à briga. O soldado teria se identificado como policial militar e dado voz de prisão ao agente penitenciário, que respondeu com tiros contra o militar.
Já na rua, Silva teria atirado mais três vezes contra o PM, que foi baleado duas vezes no abdômen e uma na mão esquerda. O agente conseguiu fugir em um Honda Civic preto, com a placa FSY-3018 de São Paulo. No 91º DP (Distrito Policial), no Ceasa, a Polícia Civil descobriu que o carro é da mulher de Silva.
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O soldado Ferreira foi socorrido para o Pronto-Socorro da Lapa, e de lá foi transferido em estado grave para o Hospital das Clínicas. O PM não resistiu aos ferimentos e, segundo nota do Hospital, morreu às 18h30 deste sábado (18).
Já Toledo foi socorrido para a unidade da Pompéia do Hospital São Camilo, onde passou por uma cirurgia para drenagem torácica bilateral. Segundo a unidade, o paciente encontra-se estável em observação na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), e não tem previsão de alta.
Outro lado
Procurada pela reportagem, a SAP-SP (Secretaria de Administração Penitenciária) informou que vai "apurar o suposto envolvimento de agente de segurança aposentado". Ainda segundo a pasta, "mesmo aposentado, o funcionário está sujeito a punição conforme Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, sem prejuízo das sanções previstas no Código Penal".
A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou que o agente ainda não foi preso. A assessoria da pasta disse que o caso está sendo investigado.
*Com colaboração de Kaique Dalapola, estagiário do R7