A Polícia Civil de São Paulo realiza na manhã desta sexta-feira (3) a Operação Usura contra um grupo criminoso suspeito de praticar extorsão. A ação é coordenada pela 2ª Delegacia de Polícia de Repressão a Extorsões da DAS (Divisão Antissequestro), que investiga os crimes de associação criminosa, extorsão e usura pecuniária, que é o empréstimo de dinheiro com cobrança exorbitante de juros.
De acordo com o delegado Sérgio Ricardo, responsável pela operação, as investigações tiveram início há cerca de dois meses após um comerciante ser ameaçado pela quadrilha se denunciasse os abusos sofridos.
Segundo o delegado, a vítima, que possui um pequeno empreendimento em Cotia, na região metropolitana de São Paulo, estava passando por problemas financeiros durante a pandemia de Covid-19 e decidiu realizar um empréstimo com um agiota.
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O comerciante, que já não estava em boas condições financeiras, não conseguiu realizar o pagamento da dívida e passou a ser ameaçado pela quadrilha.
Com o atraso na quitação das parcelas, a vítima e a família passaram a ser ameaçadas. Para intimidar o devedor, os criminosos se dirigiam constantemente até o estabelecimento para cobrar a dívida, além de enviarem fotos com armas para o celular do homem.
Com medo, a família fechou temporariamente o comércio e se mudou para o Paraguai, retornando ao Brasil apenas após o início da operação.
Equipes se deslocaram até o município de Cotia, onde cumprem ao menos 10 mandados de busca e apreensão e dois de prisão. Até o momento, dois suspeitos foram localizados e detidos.
Segundo o delegado, um dos presos foi identificado como parte do grupo armado que ameaçava as pessoas devedoras. A polícia acredita que o grupo seja bem articulado, com funções e tarefas definidas.
Outros sete criminosos também já foram identificados. A Polícia Civil realiza diligências para encontrar os suspeitos. A polícia espera também por novas vítimas do grupo.