Polícia conclui inquérito contra atirador da Aclimação
O suspeito permanece preso na carceragem do 31º DP
São Paulo|Do R7
A polícia concluiu nesta segunda-feira (22) o inquérito que investiga o administrador de empresas Fernando Behmer Cesar de Gouveia Buffolo, de 33 anos, por tentativa de homicídio. O suspeito permanece preso na carceragem do 31º Distrito Policial (Vila Carrão) desde a última quinta-feira (18), quando baleou três pessoas no bairro da Aclimação, região central de São Paulo.
O delegado responsável pelo inquérito, José Gonzaga Marques, do 6º Distrito Policial (Cambuci), anexou um pedido de "instalação de um incidente psiquiátrico", ao juiz. Com isso, o magistrado pode solicitar que Fernando passe por uma avaliação psiquiátrica e psicológica com especialistas indicados pela Justiça. Depois de ser examinado pelos peritos, o juiz vai tomar a decisão sobre a imputabilidade do administrador de empresas.
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O processo contra Fernando vai ficar a cargo da 1ª vara do Tribunal do Juri do Fórum Criminal da Barra Funda. Na última sexta-feira, o advogado contratado pela mãe do atirador, José Cociolito, solicitou que ele fosse transferido para um hospital psiquiátrico. Apesar de o juiz Davi Capelatto ter aceitado a transferência, o defensor voltou atrás nesta segunda-feira e pediu que a decisão fosse suspensa. O Tribunal de Justiça não divulgou os motivos apresentados pelo advogado.
A Justiça ainda aguarda uma nova manifestação da defesa ou a decisão do juiz que vai receber o inquérito. Até que haja um posicionamento do juiz, Fernando permanecerá na carceragem do 31º DP. Cociolito não foi encontrado pela reportagem para comentar a conclusão do inquérito.
O suspeito
O atirador, segundo José Cociolito, advogado contratado pela mãe de Fernando, sofre de esquizofrenia e já tinha passado por tratamento. Há dois meses, no entanto, ele teria saído da casa onde morava e perdido o contato com a família. Há poucas semanas, a mãe o encontrou morando na Aclimação com uma amiga que era psicóloga. Foi quando ela procurou o advogado para tentar uma internação.
Na manhã de quinta-feira passada (18), após o consentimento do juiz, Cociolito acompanhado de um oficial de Justiça e de uma equipe médica — formada por três enfermeiros e um médico — foi até a casa do atirador. O grupo chegou a entrar na casa, na rua Castro Alves, mas foi alvejado. Depois de mais de oito horas de negociação, Fernando se entregou.
Na delegacia, ele afirmou que agiu em legítima defesa, alegando que, inicialmente, pensou se tratar de bandidos.
