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Polícia de SP investiga ataque com gás de pimenta a bar de refugiados

Invasão do local, na região central da cidade, ocorreu na madrugada do domingo (1). Não houve feridos. Intolerância política ou religiosa é hipótese

São Paulo|Cesar Sacheto, do R7

Fachada do Al Janiah, conhecido bar de refugiados no Bexiga, em São Paulo
Fachada do Al Janiah, conhecido bar de refugiados no Bexiga, em São Paulo

A direção do bar Al Janiah, no bairro do Bexiga, região central de São Paulo, conhecido por ser um reduto de refugiados palestinos e outras nacionalidades, registrou um boletim de ocorrência para relatar o ataque ocorrido na madrugada do último domingo (1), quando um grupo invadiu o local com uma faca e lançou gás de pimenta no ambiente interno do estabelecimento. O caso foi registrado no 5º DP (Aclimação), na tarde da última segunda (2).

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Em um primeiro momento, os proprietários haviam decidido não recorrer às autoridades por entenderem que foram vítimas de preconceito por parte de policiais militares em agressões anteriores sofridas pelo bar ou seus representantes, conforme relato publicado pelo Al Janiah nas redes sociais. 

No entanto, seria necessário que uma representação fosse feita para que a ação — praticada por quatro homens e uma mulher, segundo pessoas que presenciaram o ataque — pudesse ser alvo de apuração policial. 


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Agora, de acordo com nota oficial da SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, foi instaurado um inquérito policial para apurar o caso. As equipes trabalham na identificação dos autores e de demais elementos que esclareçam a motivação do ataque.


A pasta informa ainda que a Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) foi acionada e auxilia nas investigações, em busca de imagens que possam auxiliar na identificação dos autores e elucidação dos fatos.

A Decradi, ligada ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) da Polícia Civil, é responsável por investigar ataques suspeitos de ter como motivação intolerância política, religiosa ou LGBTfobia.


PM nega ter ignorado chamado

Criticada por testemunhas em mensagens de aplicativos obtidas pela reportagem do R7 por não ter enviado viaturas para averiguar o ataque, a Polícia Militar esclareceu que foram verificados os registros pelo endereço do restaurante entre 0h e 6h de domingo (01), porém não houve a localização de nenhum chamado no local.

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Anteriormente, a corporação havia confirmado ter recebido apenas um telefonema sobre a existência de uma "desinteligência", às 5h, na Rua Rui Barbosa, 236 — endereço próximo ao estabelecimento. 

Testemunhas haviam criticado a atuação da PM em mensagens de aplicativos obtidas pela reportagem do R7, pois nenhuma viatura tinha sido enviada para averiguar o ataque.

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