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Polícia espera laudos para definir apuração de mortes em Paraisópolis

Ocorrência foi registrada no 89ºDP, mas a polícia quer saber se mortes foram em decorrência da ação policial. Se confirmado, caso vai para DHPP

São Paulo|Joyce Ribeiro, do R7, com informações da Record TV

Se mortes forem em decorrência da ação da PM, caso vai para o DHPP
Se mortes forem em decorrência da ação da PM, caso vai para o DHPP

Os depoimentos dos policiais militares e testemunhas do tumulto após ação da PM em baile funk de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, estão temporariamente suspensos. A polícia aguarda os laudos do IML (Instituto Médico Legal) para saber a causa das nove mortes. As informações são da Record TV.

Se as vítimas morreram por pisoteamento, como informado inicialmente, o caso será investigado pelo 89º DP (Portal do Morumbi), onde a ocorrência foi registrada. Mas se as mortes foram em decorrência da ação da polícia, a apuração será feita pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

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Dos 38 PMs que participaram da ação na comunidade no domingo (1º), 6 foram ouvidos na mesma data e tiveram as armas apreendidas para exame residuográfico. A expectativa era de que novos depoimentos fossem realizados nesta segunda-feira (2), mas enquanto a situação está indefinida, a investigação sobre as mortes não avança.


Vídeos gravados por moradores com cenas de agressão da PM durante a confusão também serão apurados. Segundo a polícia, os corpos das vítimas apresentavam hematomas, mas não foi verificado ferimento à bala. A PM diz que nenhum tiro foi disparado.

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A tragédia deixou nove mortos:

- Marcos Paulo Oliveira dos Santos, 16 anos


- Bruno Gabriel dos Santos, 22 anos

- Eduardo Silva, 21 anos

- Mateus dos Santos Costa, 23 anos

- Denys Henrique Quirino da Silva, 16 anos

- Denis Guilherme dos Santos Franco, 16 anos

- Luara Victoria de Oliveira, 18 anos

- Gustavo Cruz Xavier, 14 anos

- Gabriel Rogério de Moraes, 20 anos

Os corpos foram levados para o IML Central e Sul e são liberados com a presença de parentes das vítimas. Ao menos quatro jovens são velados nesta segunda-feira (2).

Ação da PM

Segundo a versão oficial, policiais militares perseguiam dois suspeitos em uma motocicleta quando entraram no local onde ocorria a festa, com cerca de 5 mil pessoas. Havia seis motocicletas da PM estacionadas na altura da Avenida Hebe Camargo, na zona sul, para reforçar o patrulhamento da região por causa do baile funk.

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Por volta das cinco horas da manhã, passou pelo local uma outra moto com dois suspeitos, que dispararam contra os agentes de segurança e fugiram em direção a Paraisópolis. Os policiais, então, perseguiram a dupla, de acordo com o registro policial.

Ao chegar à comunidade, os policiais afirmam que teve início o tumulto e os suspeitos se esconderam na multidão. Isso causou pânico e fez com que participantes da festa tropeçassem e se machucassem gravemente. Entre os noves mortos, estão três adolescentes e uma mulher.

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O ouvidor das Polícias de São Paulo, Benedito Mariano, afirmou na noite deste domingo (1º) que pediu para a Corregedoria da Polícia Militar assumir a investigação das 9 mortes. O ouvidor também vai solicitar os laudos de necropsia para verificar a causa das mortes. 

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