Polícia faz reconstituição para esclarecer morte de palmeirense após briga de torcidas em SP
Ação ocorre nas imediações do estádio do Palmeiras. Gabriela Anelli foi atingida por uma garrafa de vidro no pescoço
São Paulo|André Carvalho e Estela Marconi, da Agência Record
O DHPP (Departamente de Homicídios e de Proteção à Pessoa), agora responsável pelas investigações acerca da morte da palmeirense Gabriela Anelli, faz, na manhã deste sábado (15), a reconstituição do caso, nas imediações do Allianz Parque, na zona oeste de São Paulo.
A vítima, de 23 anos, foi atingida com estilhaços de uma garrafa de vidro. Na ocasião, no último sábado (8), havia briga entre torcidas e a polícia precisou intervir.
O objetivo da reconstituição é esclarecer as informações passadas à polícia por testemunhas, bem como entender o local exato de onde a garrafa foi jogada.
A ação ocorre na rua Padre Antônio Thomas, próximo ao portão D do estádio, onde o crime aconteceu.
De acordo com o departamento, um drone será utilizado durante a reconstituição, além de um mapeamento com um scanner 3D do local.
Suspeito solto
O suspeito de ter jogado a garrafa que matou Gabriela foi solto pela justiça na quarta-feira (12). Ele havia sido preso durante o confronto entre as torcidas, mas, segundo o MPSP (Ministério Público de São Paulo) não havia provas suficientes para mantê-lo preso.
As imagens dadas à polícia e à justiça mostram a briga, mas não revelam, de fato, quem teria sido o responsável por jogar a garrafa.
• Compartilhe esta notícia no WhatsApp
• Compartilhe esta notícia no Telegram
Para os advogados do suspeito, a prisão dele foi "precipitada". "Ele prestou depoimento quando foi preso em flagrante, sozinho, e disse a todo momento que estava com pedras de gelo na mão. Ele arremessou, mas nem sequer chegaram a atingir a barreira que separava os torcedores", afirmou Thiago Huber.
Os vídeos mostram, segundo a juíza responsável pelo caso, que o homem que arremessou a garrafa é uma pessoa com barba, portanto, fisicamente diferente do torcedor flamenguista que havia sido preso.
O caso, inicialmente, era investigado pelo Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva), mas por decisão da Justiça foi para o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).