Polícia investiga se adolescente teve ajuda para atacar escola em SP
Uma estudante de 17 anos acabou assassinada na ação. Outros dois alunos foram baleados na Escola Sapopemba, na zona leste
São Paulo|Do R7, com informações do Cidade Alerta
A polícia de São Paulo investiga se o adolescente que matou uma estudante e feriu outros dois durante um ataque a tiros dentro da Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, teve ajuda para planejar a ação. O aluno praticou o ataque na manhã desta segunda-feira (23).
Segundo o delegado responsável pelo caso, mensagens e fotos enviadas a um grupo em um aplicativo de mensagens revelam que o ataque foi planejado. Há indícios de que pessoas, inclusive moradores de outros estados, tinham conhecimento da ação e podem ter contribuído para o caso.
A polícia trabalha para identificar essas pessoas, que poderão ser indiciadas caso fique comprovado que tiveram alguma participação no planejamento. Para isso, a investigação tenta obter os IPs de computadores e celulares usados pelos participantes do grupo — os IPs são uma espécie de registro dos aparelhos que permite a identificação dos donos.
Polícias de outros estados foram acionadas para ajudar na investigação. Em São Paulo, o caso é apurado pelo 69º DP (Teotônio Vilela).
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Depoimento
O aluno foi apreendido logo após o ataque. Ele permaneceu no local enquanto a polícia se dirigia à unidade escolar. Segundo o advogado, o jovem sofria bullying e insultos homofóbicos — a família chegou a fazer um boletim de ocorrência em abril.
A polícia afirma que o rapaz não demonstrou arrependimento ao prestar depoimento. Ele disse que pegou escondido a arma do pai no fim de semana após visitá-lo — os pais dele são separados. A arma é registrada legalmente.
O jovem foi encaminhado à Vara da Infância e Juventude.
Feridos
A adolescente ferida na cabeça chegou a ser socorrida, mas acabou morrendo. As duas vítimas baleadas seguiam em situação estável na noite desta segunda-feira, sem risco de morrer.
Uma terceira pessoa se machucou ao tentar fugir do ataque, segundo informações da Seduc (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo). Todas as vítimas foram levadas a um pronto-socorro.
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