A Polícia Civil de São Paulo prendeu, neste domingo (28), um homem suspeito de participação no roubo de 718,9 kg de ouro que ocorreu no Aeroporto Internacional de Guarulhos na última quinta-feira (25). O órgão pediu, também, a prisão preventiva de outro envolvido.
O detido é um funcionário do aeroporto que afirmou ter sido refém durante o roubo. De acordo com o pedido de prisão temporária expedido pela Justiça, o funcionário era, no esquema, a "pessoa responsável pela disponibilização de informações privilegiadas sobre a chegada da carga de ouro aos demais participantes do roubo, havendo, inclusive, relatos de tentativas anteriores, mas fracassadas".
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Os policiais refizeram com ele o trajeto desde o momento de sua abordagem até a soltura e o sequestro da esposa. Os agentes informaram que, durante o caminho, o funcionário do aeroporto demonstrou "bastante nervosismo" e pediu para explicar a verdade dos fatos. Na delegacia, ele teria confessado a participação no crime.
A Justiça decretou, neste sábado (27), a prisão temporária do segurança para a realização das diligências. "A medida é necessária ao prosseguimento regular e eficaz da investigação evitando desaparecimento do suspeito e dissipação de provas, assegurando reconhecimentos pessoais posteriores e identificação de outros agentes", argumenta.
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Os delegados Pedro Ivo Correa dos Santos e João Hueb confirmaram a prisão de um envolvido no roubo. "Qualquer outro detalhe sobre as apurações deverá acontecer em momento oportuno. O procedimento visa preservar a investigação e evitar desvios na linha de trabalho", informou o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) em nota.
O órgão pediu a prisão preventiva de outro envolvido no roubo milionário, que também é funcionário do aeroporto, e aguarda decisão da Justiça. Ele está, neste momento, prestando declarações no DEIC.
Roubo
Na tarde de quinta, um grupo de assaltantes levou cerca de três minutos para roubar 718,9 kg de ouro, no Terminal de Carga e Exportação. A carga, estimada em R$ 120 milhões, seria embarcada em aviões para Zurique, na Suíça, e Nova York, nos Estados Unidos, segundo o aeroporto.
Minutos depois, as polícias Militar, Civil e Federal se reuniram em uma sala de crise, no próprio aeroporto, para discutirem rota de fuga dos suspeitos, possível prisão dos envolvidos e recuperação da carga. Quatro carros foram utilizados para o roubo milionário, e dois, que eram viaturas clonadas da PF, foram apreendidos.
A ação, considerada cinematográfica, não deixou feridos e nenhum tiro foi disparado.
*Colaborou Fabíola Perez e Plínio Aguiar, do R7