Polícia quer ouvir pais de menino que morreu afogado em piscina de escola

A polícia quer ouvir nos próximos dias os pais de Bernardo Jacomino Gonçalves, de 4 anos. Ele morreu afogado após uma aula de natação no Centro Educacional Brandão, na zona sul de São Paulo, na segunda-feira (26). Uma professora e a assistente dela foram indiciadas por homicídio culposo — quando não há intenção de matar. As duas pagaram fiança de R$ 10.000 cada e vão responder em liberdade.

A delegada Ancilla Vega, do 26º Distrito Policial (Sacomã) já colheu o depoimento de cinco pessoas, a professora e a auxiliar, que foram indiciadas; uma segunda a assistente, que se ausentou momentos antes do acidente; uma professora que dava aula na piscina ao lado e ajudou no socorro e também o diretor administrativo da escola.

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— Eu quero ouvir, em breve, família, o pai ou a mãe, e também preciso ver laudos e mais coisas nesse sentido para apurar melhor as circunstâncias dessa tragédia. O que a investigação vai apurar agora é até que ponto a escola toma os devidos cuidados com relação às crianças que ficam fazendo essas atividades.

Onze crianças estavam na piscina. Todas usavam boias e quando terminou a aula foram até o chuveiro, onde deveriam retirá-las. Uma das assistentes teve que se ausentar para recepcionar um estudante. Quando a professora percebeu, Bernardo estava caído na piscina e sem as boias. Ela o socorreu e chamou o resgate. O menino foi levado ao pronto-socorro do Hospital São Paulo, mas já deu entrada morto.

O enterro da criança deve acontecer nesta terça-feira (27) em local que ainda não foi divulgado. Os registros médicos do hospital mostram que ele chegou com um quadro de asfixia e afogamento.

Em nota, a direção do Centro Educacional Brandão se diz “consternada e abatida” e acrescenta que as circunstâncias do afogamento serão rigorosamente apuradas pela escola pelas autoridades. Ainda segundo a instituição, o menino foi “imediatamente atendido por profissionais da escola, treinados e certificados como socorristas”.

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