Preço em aplicativos de transporte dispara com a greve de motoristas de ônibus em SP nesta terça (14)
Passageiros têm dificuldade para chegar ao trabalho na manhã de hoje, optam por plataformas e se surpreendem com o valor
São Paulo|Isabelle Amaral*, do R7
Os passageiros afetados pela greve de motoristas e cobradores de ônibus se queixaram do preço "nas alturas" dos aplicativos de transporte nesta terça-feira (14). O pico dos preços ocorreu entre 7 e 9 da manhã, quando muitos usuários do transporte público recorreram ao serviço privado como alternativa à paralisação das linhas.
A assistente administrativa Ana Sampaio escreveu no Twitter que chegou a tentar pedir um Uber para o trabalho ainda mais cedo do considerado horário de pico. "Fui tentar pedir um Uber por causa da greve de ônibus, mas está dando '50 pila' às 5h30 da manhã, imagina às 7h", escreveu.
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A estudante de biomedicina Bianca conta que precisou fazer uma prova de recuperação na faculdade, mas não conseguiu ir por causa da greve e "além de tudo, o Uber dando R$ 80", disse, indignada, ao publicar o valor no aplicativo.
O usuário Thiago Bueno reclamou do preço da 99, outro aplicativo de viagem. "Nada como uma greve para parar tudo e deixar a 99 cobrar R$ 50 em um percurso de 2 km."
Cida Tomazin criticou o serviço dos dois aplicativos. "Greve dos motoristas e cobradores de ônibus em São Paulo e os aplicativos 99 e Uber cobrando quatro vezes mais caro. Viagem mais cara que de táxi. Preços abusivos demais", escreveu.
Entre as reclamações dos passageiros, há a de quem paga o valor alto cobrado pelos aplicativos de viagem e tem de esperar muito pela corrida. "Tentando pegar Uber faz um século e, finalmente, quando alguém aceita, o cara demora mais de 100 anos para chegar até mim. Isso vai me atrasar", escreveu Giovana Mancio.
Questionados pelo R7, a Uber informou que "não houve reajuste e se trata do preço dinâmico, que acontece para ter mais incentivo aos motoristas, devido à alta de demanda", e a 99 explicou que "o valor das tarifas leva em conta a demanda e oferta, podendo ter o valor final afetado por variantes como: excesso de trânsito, chuva ou aumento de demanda, o que vem sendo verificado no dia de hoje".
* Estagiária sob supervisão de Fabíola Perez