Prédio que pegou fogo passava por desocupação, diz prefeitura
Segundo o órgão, um projeto visa reformar o prédio e, por isso, moradores estavam desocupando gradualmente o edifício
São Paulo|Ana Maria Guidi, do R7*
O prédio ocupado por moradores sem-teto, que pegou fogo na noite desta quarta-feira (21), na rua Mauá, região da Luz, no centro de São Paulo, faz parte de um projeto de revitalização das estruturas, passava por um processo de desocupação, organizado pela Sehab em conjunto com a Cohab.
De acordo com a prefeitura, a desocupação iniciou com uma conversa com os moradores. Assim, no momento do incêndio, vários andares já estavam desocupados.
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A prefeitura ainda afirmou que eles os moradores estão sendo encaminhados para um centro de acolhimento para realização de uma reforma, com duração de três anos.
O prédio faz parte do projeto que vistoriou cerca de 51 ocupações logo após o incêndio que atingiu o Paissandu - ocupação que desabou no dia 1º de maio deste ano. Nesta vistoria, feita no dia 15 de maio, foram constatadas diversas irregularidades que facilitavam a probabilidade de incêndio, como ferragens, fiação exposta, estruturas de madeira, infiltração e instalação elétrica irregular.
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Para remediar o problema de forma rápida, sugeriu-se às lideranças do movimento que realizassem tarefas como a instalação de alarmes de incêndio, remoção do lixo acumulado e cursos de brigadistas de incêndio.
Atendimento
A SMADS (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social) atendeu as famílias afetadas no incêndio. Dos 320 moradores, 40 decidiram ir para casa de familiares e os outros 280 permaneceram no bloco do prédio que não foi afetado.
*Estagiária do R7, com supervisão de Ingrid Alfaya