Prefeito anuncia ajuste do Plano de Metas de São Paulo até 2020
Bruno Covas atribuiu revisão a mudanças na economia nos últimos dois anos, como a falta de uma reforma previdenciária. Metas subiram de 53 para 71
São Paulo|Cesar Sacheto, do R7
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou nesta segunda-feira (8) um ajuste no Plano de Metas da administração municipal para o segundo biênio da atual gestão, iniciada com João Dória, atual governador do Estado, no comando do Executivo municipal.
Alterações do cenário macroeconômico do país desde 2017, como a não aprovação da reforma da Previdência Social, foram apontadas como a explicação da "revisão programática" do Plano de Metas para possibilitar o cumprimento dos compromissos estabelecidos para a segunda parte do mandato, que termina em 2020.
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"O que tivemos, em 2017 e 2018, foi um crescimento abaixo do esperado, já que a reforma não aconteceu. Portanto, numeros com a ampliação dos investimentos com recursos próprios da Prefeitura de São Paulo se tornaram infactíveis. Com essa relação econômica, a gente tem basicamente a manutenção da receita, mais a ampliação do custeio da máquina pública", justificou o prefeito.
O número de metas da prefeitura paulistana subiu de 53 para 71. São 36 pontos estratégicos de atuação em três eixos: Cuidar (12 objetivos, 24 metas e R$ 8,4 bi em recursos), Proteger (14 objetivos, 30 metas e R$ 5,8 bi em recursos) e Inovar (10 objetivos, 17 metas e R$ 1,1 bi em recursos).
Bruno Covas destacou que os recursos para a realização dos projetos já estão no Orçamento da Prefeitura de São Paulo e independem do sucesso do plano municipal de desestatização.
O prefeito garantiu também que o ajuste do Plano de Metas, firmado após milhares de sugestões da população e dezenas de audiências públicas, não fere aspectos legais, pois não houve redução de projetos anteriormente apresentados.
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Ele revelou que a atual gestão tinha uma previsão de recursos de R$ 19 bi para os quatro anos do mandato, sendo R$ 12,8 bi reservados para investimentos e o restante para o custeio da administração — o que significa um incremento de R$ 2 bi em investimentos na comparação com a gestão Dória.
Principais promessas
Na área de zeladoria da cidade, o governo municipal anunciou um aumento de gastos de R$ 500 milhões, em 2018, para R$ 1,5 bi neste ano, além da promessa de redução em 30% do número de reclamações no telefone 156.
O programa de Bruno Covas também prevê a implantação de 9,4 km de novos corregores de ônibus, além da requalificação de 43,4 km de corredores ou faixas exclusivas.
A atual gestão pretende ainda conectar e requalificar a rede cicloviária da cidade, com a implementação de 173,3 km de ciclovias e ciclofaixas, além de melhorias em outros 310,6 km já existentes.
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Entre os vários pontos destacados pelo novo planejamento da administração municipal, foram anunciadas a criação de 2000 vagas em repúblicas para moradores de rua, construção de 35 mil creches, equipamentos na área da saúde e dez parques públicos.
Estiveram ao lado do prefeito Bruno Covas durante o anúncio da readequação do Plano de Metas, na sede da Prefeitura de São Paulo, o secretário de Governo, Mauro Ricardo, o presidente da Câmara Municipal, Eduardo Tuma e o vereador Milton Leite.
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