Prefeito do Guarujá (SP) é solto pela Justiça e reassume cargo no litoral
Válter Suman e o secretário de Educação tinham sido presos em operação da PF por suspeita de desvios de verba da Saúde
São Paulo|Do R7
O prefeito do Guarujá, Válter Suman (PSDB), e o secretário municipal de Educação, Marcelo Feliciano Nicolau, foram soltos após decisão judicial. Eles haviam sido presos preventivamente por suspeita de desvio de verbas da Saúde durante uma operação da Polícia Federal.
No período, a vice-prefeita da cidade, Adriana Machado (PSD), assumiu a administração municipal.
Em nota, a Prefeitura de Guarujá informou que, por decisão da Justiça na sexta-feira (17), foi dado fim à custódia provisória ao prefeito e ao secretário de Educação: "Sendo assim, Suman permanece em suas atividades como prefeito de Guarujá".
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A Justiça considerou que “a privação da liberdade de locomoção dos investigados mostra-se excessiva”. Na decisão, o desembargador escreve: “Deixo de aplicar a suspensão do exercício do cargo de prefeito de Guarujá/SP, medida que interromperia o curso dos poderes que foram outorgados ao prefeito pela população e poderia implicar risco de grave lesão à ordem pública e ao pleno exercício da democracia”.
Também em nota, Válter Suman comentou a sua soltura: "Agradeço primeiramente a Deus, e também aos meus advogados que, neste momento, foram cruciais para restabelecer os fatos e me permitir seguir na minha missão, no cargo para o qual fui democraticamente eleito, à frente do Executivo de Guarujá".
Ele afirmou que vai provar sua inocência: "Sigo mais forte e determinado, como nunca antes, para provar minha inocência e fazer ainda mais por Guarujá e Vicente de Carvalho. Esse verdadeiro terremoto sem precedentes, criado para tentar colocar em xeque a minha idoneidade, construída ao longo de décadas de trabalho árduo e sempre reconhecida por todos, irá se dissipar e virá à tona a certeza da minha inocência, que já está sendo provada".
E completou: "Não desejo a ninguém o incomensurável sofrimento pelo qual tenho passado nos últimos dias, mas também tenho consciência de que ser o agente político que fez história ao conquistar o maior número de votos numa única eleição em Guarujá, me tornaria alvo de ações covardes como a que estão tentando imputar a mim".
Prisão
Os dois foram presos em flagrante durante uma operação da Polícia Federal e foram levados à sede da PF para prestar esclarecimentos no último dia 15. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos no paço municipal e nas secretarias do Guarujá, no litoral paulista.
Em audiência de custódia na quinta-feira (16), o juiz havia decidido pela manutenção das prisões preventivas. Os dois foram encaminhados para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de São Vicente, também no litoral.