Prefeitura de São Paulo defende aumento do valor da multa após greve de ônibus
Decisão determina 80% da frota durante pico e 60% em horário normal. Em caso de descumprimento, multa diária é de R$ 50 mil
São Paulo|Do R7

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou na manhã desta terça-feira (14) à Record TV que vai pedir à Justiça aumento do valor da multa aplicada ao sindicato pela paralisação de ônibus que ocorre na cidade. A greve de motoristas e cobradores já afeta mais de 1,3 milhão de usuários do transporte público. Do total de 1.200 linhas, 713 estão paradas e 487 em operação.
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"Estamos preparando todo o dossiê e vamos levar ao juiz e solicitar o aumento com relação à multa. Estamos lidando com pessoas que descumprem decisões judiciais, e isso é muito ruim", disse Nunes sobre a greve. "Um acordo tem que acontecer nas próximas horas", afirmou ele, ressaltando que a prefeitura não participa das negociações que ocorrem entre o sindicato dos motoristas e o sindicato das empresas que operam as linhas de ônibus.
Com a paralisação anunciada, o prefeito lembrou que obteve decisão liminar para a manutenção de 80% da frota em operação nos horários de pico e 60% nos demais horários. Em caso de descumprimento, a pena de multa diária é de R$ 50 mil.
A paralisação de motoristas e cobradores de ônibus nesta terça-feira (14), em São Paulo, causa muitos transtornos para as pessoas, que têm muita dificuldade de chegar ao trabalho ou mesmo se descolar de uma região para outra na cidade. Na foto, você vê...
A paralisação de motoristas e cobradores de ônibus nesta terça-feira (14), em São Paulo, causa muitos transtornos para as pessoas, que têm muita dificuldade de chegar ao trabalho ou mesmo se descolar de uma região para outra na cidade. Na foto, você vê a movimentação de passageiros no metrô Itaquera, zona leste
Motoristas de ônibus municipais de São Paulo anunciaram a realização de uma greve a partir da zero hora desta terça-feira (14). Inicialmente, o sindicato afirmou que não faria uma paralisação generalizada devido à liminar judicial que garante o funcionamento de 80% da frota nos horários de pico e 60% fora desses horários.
A prefeitura suspendeu o rodízio na capital paulista até que a situação do transporte público seja normalizada, o que permite que veículos de passeio com placas de final 3 ou 4 circulem livremente.
O prefeito de São Paulo ressaltou que a decisão judicial não foi cumprida. "Nesse momento, temos todo o sistema estrutural, que são as linhas nas principais vias, 100% parado e o sistema local, que faz a ligação entre os bairros, funcionando", disse Nunes.
"Estamos notificando a Justiça sobre o descumprimento da decisão judicial já que o transporte público é uma atividade fundamental para as pessoas se locomoverem, é um serviço essencial, e está havendo um descumprimento da decisão judicial."
A prefeitura tomou medidas como a liberação do rodízio e das faixas de ônibus para veículos enquanto a greve ocorre. "Fizemos tantos apelos para que se chegasse a um acordo e agora estamos notificando a Justiça", diz o prefeito.
"As pessoas não estão conseguindo se locomover, ir ao trabalho, médico. Descumprir uma decisão judicial é algo muito ruim, é importante que ela seja cumprida, estamos falando de um serviço essencial. É irresponsabilidade do sindicato descumprir a decisão judicial."










