A Prefeitura de São Paulo assinou nesta sexta-feira (10) o novo acordo para a construção do Parque Augusta, no centro expandido da capital paulista. Como antecipou o jornal O Estado de S. Paulo, a gestão Bruno Covas (PSDB) mudou de estratégia no início deste ano e, em vez de fazer a permuta de um terreno público, irá repassar títulos de potencial construtivo às construtoras proprietárias do espaço do parque. Os títulos permitem que as empresas Cyrela e Setin apliquem em outros imóveis a área que poderiam construir no lote do parque.Permuta para criar Parque Augusta inclui lote em Pinheiros Segundo o Ministério Público, as construtoras precisarão pagar uma indenização de R$ 9,8 milhões, dos quais R$ 6,2 milhões serão quitados por meio dos serviços de construção do parque e de um boulevard que ligará a área (pela Rua Gravataí) até a Praça Roosevelt. Em matéria em julho, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que o primeiro desenho oficial do parque prevê a construção de arquibancada, deque e até cachorródromo. Do valor pago pelas empresas, R$ 2 milhões serão empregados na manutenção do parque por dois anos, enquanto o restante será repassado para a construção de um Centro de Convivência Intergeracional e na reforma de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos. O acordo prevê, ainda, a liberação de R$ 90 milhões ao Município por meio de acordo firmado com o MP em 2015 e os bancos UBS, da Suíça, e Citibank, dos Estados Unidos. Originalmente destinado à compra do terreno do parque, o dinheiro será utilizado na desapropriação de 22 terrenos para creches municipais, na construção parcial de 12 Centros de Educação Unificada (CEUs) e na implantação de Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs). As obras do parque devem iniciar em cerca de 120 dias, após a homologação dos acordos. O Parque Augusta tem área de cerca de 24 mil metros quadrados.