Prefeitura usa índice próprio para indicar alta no isolamento em SP
Distanciamento apresentado pela gestão municipal no feriado foi de 81%. Por dados do governo, porém, número não passou de 50%
São Paulo|Guilherme Padin, do R7
A Prefeitura de São Paulo (SP) divulgou nesta quinta-feira (8) resultados que considerou extremamente satisfatórios sobre o distanciamento social durante o feriado prolongado na cidade. Pelos dados apresentados nesta quinta, o isolamento chegou a 81% na última semana epidemiológica (29/3 a 4/4) na capital paulista. Mas, pelos números do governo do Estado, não passou de 50%.
As informações anunciadas hoje por Rubens Rizek, secretário municipal de governo, seguem um índice da gestão municipal para definir as taxas de isolamento, com indicadores diferentes dos utilizados pelo governo paulista.
De acordo com Rizek, são quatro os indicadores do índice utilizado pela prefeitura paulistana: as ‘catracadas’ de ônibus, a quantidade de carros na rua, estimativas de lentidão no trânsito e um pacote de notas fiscais de serviço gastos pela população.
Porém, pelos dados do Simi (Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo do Estado), que utiliza a tecnologia de georreferenciamento – ou rastreio – dos celulares para o monitoramento dos deslocamentos da população no Estado, o isolamento na capital paulista chegou no máximo a 50% em duas datas – 28 de março e 4 de abril.
Nos outros oito dias do feriadão paulistano, os índices registrados variaram entre 42% e 47%.
Início da vacinação contra a influenza
A prefeitura também anunciou nesta quinta o início da campanha de vacinação contra a influenza para a próxima segunda-feira (12), com término em 9 de julho.
Do dia 12 a 10 de maio, serão vacinadas primeiro as crianças de 6 meses a 6 anos, gestantes, puérperas, indígenas e trabalhadores da saúde.
De 11 de maio a 8 de junho, será a vez dos idosos com 60 anos ou mais e dos profissionais de escolas públicas e privadas.
Por fim, de 9 de junho em diante, os outros grupos, com prioridade para pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas; pessoas com outras condições clínicas; forças de segurança; caminhoneiros; trabalhadores do transporte; trabalhadores portuários; funcionários do sistema profissional; adolescentes até 21 anos sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.
Para não cruzar as populações que receberão dois tipos de vacinas diferentes – influenza e covid-19 –, a campanha de vacinação ocorrerá exclusivamente em escolas e estabelecimentos de educação.
O objetivo da campanha é reduzir as complicações e a mortalidade pelo vírus influenza, facilitar diagnóstico diferencial entre covid-19 e demais doenças, e evitar internações e sobrecarga no sistema de saúde.