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Preso mais um suspeito de morte de família carbonizada no ABC

Ao todo, há cinco pessoas presas por suposta participação no crime, uma delas é Ana Flávia Gonçalves, filha e irmã das três vítimas

São Paulo|Do R7, com informações da Record TV

Ana Flávia, Juan, FLaviana e Romouyki Gonçalves
Ana Flávia, Juan, FLaviana e Romouyki Gonçalves Ana Flávia, Juan, FLaviana e Romouyki Gonçalves

A polícia prendeu na manhça desta segunda-feira (4) mais um suspeito de envolvimento na morte de pai, mãe e filho encontrados carbonizados dentro do porta-malas de um carro em uma região de mata de São Bernardo em 28 de janeiro. Ao todo há cinco pessoas presas sob suspeita de participar do crime.

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As primeiras prisões foram de Ana Flávia Gonçalves, filha e irmã das vítimas, e da mulher dela, Carina Ramos. Um terceiro suspeito, primo de Carina, foi detido em 4 de fevereiro e denunciou outros dois suspeitos. Um deles continua preso e outro chegou a ser detido mas teve a prisão revogada. A polícia desconfia que o nome do homem libertado foi indicado para acobertar a participação do homem preso hoje, que é irmão do terceiro suspeito e, portanto, também primo de Carina. 

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O caso

Três corpos carbonizados foram encontrados dentro de um Jeep Compass em uma área de mata na Estrada do Montanhão, área de mata em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, na madrugada de 28 de janeiro. Quando as equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros chegaram ao local, o veículo ainda estava pegando fogo.

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Os corpos eram de Flaviana Gonçalves, de 40 anos, de Romuyuki Gonçalves, de 43 anos, e do filho mais novo do casal, Juan Gonçalves, de 15.

A filha mais velha do casal, Ana Flávia Gonçalves, de 24 anos, e a mulher dela, Carina Ramos, de 31, tiveram prisão temporária de 30 dias decretada na noite de 29 de janeiro. A polícia justificou o pedido de prisão alegando contradições no depoimento do casal.

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De acordo com a polícia, no primeiro depoimento as suspeitas mencionaram que a família tinha uma dívida com um agiota e que Flaviana teria saído de casa de madrugada para realizar o pagamento e depois seguiria para Minas Gerais. A presença do adolescente no carro, porém, fez a polícia desconfiar da versão. A Polícia Civil já tinha como uma das linhas de apuração uma possível briga familiar. Os pais, segundo os investigadores, não aceitavam o relacionamento da filha com Carina.

Investigação

Na primeira visita da polícia à casa onde a família morava, em um condomínio de Santo André, os agentes encontraram o imóvel revirado, além de marcas de sangue pelos cômodos. Os investigadores consideraram estranho a residência estar nestas condições, pois não havia sinais de arrombamento. Do local foram roubados eletrodomésticos, cerca de R$ 8 mil dólares, joias e uma arma.

De acordo com a perícia, litros de água sanitária e manchas de sangue foram encontrados no quarto do adolescente. Também foram localizadas manchas de sangue em peças de roupa de Ana Flávia, a filha.

Uma testemunha que está sendo preservada contou aos policiais que ouviu barulhos estranhos vindos da casa das vítimas. Um laudo preliminar apontou que, antes de terem seus corpos carbonizados, as três vítimas morreram com pauladas na cabeça. Como todos os golpes foram do lado direito, a suspeita é de que o autor seja canhoto.

Um homem de cerca de 1,90 m de altura foi visto por uma testemunha junto com as duas suspeitas, na noite do crime, carregando algo pesado para o carro. O suspeito é um primo de Carina, o terceiro suspeito preso, no dia 4 de fevereiro. Em depoimento, segundo a polícia, ele confessou o crime, disse que ele a ação foi premeditada e que Ana Flávia autorizou o assassinato da família.

Segundo o depoimento do suspeito, a ideia do trio era roubar joias e dinheiro do cofre da casa. O pai e o adolescente estavam na residência, no condomínio de Santo André, com Ana Flávia e Carina quando três suspeitos chegaram e anunciaram o assalto.

Carina teria sido a primeira a ser rendida. Os homens exigiam valores. Como o cofre estava vazio e o dinheiro recebido por Romuyuki não estava na residência, houve uma conversa entre os suspeitos. Naquele momento, segundo a versão do suspeito, as duas autorizaram a morte de toda a família. 

Pai e filho foram levados para o quarto do adolescente. O suspeito revelou à polícia que os dois foram mortos asfixiados depois de apanhar e que Carina participou do sufocamento de Romuyuki com um saco plástico. Já a mãe, Flaviana, chegou à casa mais tarde e foi vendada.

Outros dois suspeitos pelo crime foram presos na tarde de 4 de fevereiro. A polícia chegou a eles a partir do depoimento de Carina na segunda-feira (3). Um deles, no entanto, teve a prisão revogada pela polícia e foi libertado. Nesta segunda-feira (10), um outro suspeito foi preso, totalizando cinco detidos.

Câmeras

As suspeitas sobre a filha ganharam força depois de as imagens da câmera de segurança mostrarem que ela e a mulher estavam na casa na noite do crime. Por diversas vezes, as duas foram flagradas manobrando os carros da família. O carro de Ana Flávia e Carina também é visto entrando e saindo do local várias vezes. Em depoimento à polícia, Carina, que chegou às 20h ao local, alegou ter entrado por volta das 22h. Câmeras mostram que ela usava um casaco com capuz, mesmo fazendo calor, o que também gerou desconfiança da polícia.

Quando o veículo da família deixa o condomínio, por volta de 1h, o carro de Carina e Ana Flávia sai na frente. Duas horas depois, os corpos de Flaviana, Romuyuki e Juan são encontrados.

Segundo a polícia, ao serem questionadas para onde seguiram após deixarem o condomínio, cada uma das suspeitas disse que se dirigiram a lugar diferente. A polícia pediu a quebra do sigilo telefônico das duas mulheres para analisar sua troca de mensagens. Lucas Domingos, então advogado do casal, negou qualquer tipo de participação das duas com o crime e disse não ter certeza se havia contradições em seus depoimentos.

A polícia investiga as circunstâncias da morte de Flaviana, a mãe. De acordo o primo de Carina, ela não foi morta em casa. A polícia apura se Carina vestiu um uniforme da vítima, para se passar por ela, entrou no carro com Flaviana ainda viva e assumiu o volante. Tiros foram ouvidos antes de o carro ser abandonado em uma estrada de terra de São Bernardo do Campo. Na sequência, o veículo foi incendiado.

Imagens de câmeras de segurança do condomínio mostram o momento da saída do Jeep que, mais tarde, seria encontrado com os três mortos.

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