Prisão de supostos membros do PCC em SP mais que dobra em 2017
Balanço do Ministério Público aponta que Gaeco apreendeu mais de R$ 25 milhões em espécie e 208 imóveis em poder do crime organizado
São Paulo|Kaique Dalapola, do R7
Entre janeiro e dezembro do ano passado, 795 pessoas possivelmente envolvidas com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) foram presas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
O número é 134% superior na comparação com 2016, quando houve 340 prisões por supostos envolvimento com a facção criminosa. Esses dados foram divulgados pelo Gaeco, que pertence ao MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), nesta quarta-feira (25).
Ao longo do ano passado, o grupo também apreendeu cerca de 24 toneladas de drogas, quantidade que representa aumento de 29% na comparação com 2016. Além disso, foram registradas 880 buscas e apreensões e 1.339 prisões no total, de acordo com o balanço.
Outro número destacado pelo MP-SP foi a apreensão de imóveis e dinheiro em espécie em posso do crime organizado. Durante o ano de 2017, foram apreendidos mais de R$ 25 milhões em espécie e 208 imóveis. Em 2016 havia sido 89 imóveis e um valor pouco superior a R$ 22 milhões em espécie.
Em nota, o promotor Amauri Silveira Filho, coordenador do Gaeco, acredita que as organizações criminosas têm como objetivo se beneficiar financeiramente praticando atividades ilícitas.
“Por isso é imprescindível a existência de esquemas para ocultar ou dissimular a origem ilícita de bens e valores, bem como para reinseri-los no sistema econômico financeiro com aparência de licitude”, afirma Silveira.