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Procon-SP notifica supermercado a explicar violência e discriminação

Entidade dá prazo de 72 horas a partir desta segunda (23) para empresa informar sobre critérios de contratação de serviços no Estado de São Paulo 

São Paulo|Do R7

Protesto contra o assassinato de João Alberto, espancado até a morte por seguranças do Carrefour em Porto Alegre (RS)
Protesto contra o assassinato de João Alberto, espancado até a morte por seguranças do Carrefour em Porto Alegre (RS)

O Procon-SP notificou o hipermercado Carrefour para que a companhia se explique sobre o episódio do último dia 19 em que um João Alberto Silveira Freitas foi morto nas dependências da empresa por profissionais de segurança. A resposta deverá ser apresentada em 72 horas a partir desta segunda-feira (23).

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"O Carrefour precisa explicar como está selecionando as empresas que fazem a segurança de seus estabelecimentos, quais os critérios e o treinamento. Queremos saber por que casos de violência têm se repetido em suas lojas", afirma Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP.

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Segundo o Procon-SP, a empresa deverá informar quais empresas prestam serviços no Estado de São Paulo para a companhia e quais os critérios de contratação. "Deverá ainda informar qual a política interna de treinamento de funcionários e prestadores de serviço quanto aos direitos e garantias do consumidor", diz a instituição.


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O Código de Defesa do Consumidor estabelece que a Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo.


Na quinta-feira (10), véspera do Dia da Consciência Negra, um cliente negro foi espancado até a morte por dois seguranças brancos em uma unidade da rede varejista em Porto Alegre (RS). Na ocasião a empresa emitiu nota em que "lamenta profundamente o caso" e informa que romperá o contrato com a empresa que responde pelos seguranças e desligará o funcionário que comandava a loja no momento do crime. "Para nós, nenhum tipo de violência e intolerância é admissível, e não aceitamos que situações como estas aconteçam. Estamos profundamente consternados com tudo que aconteceu e acompanharemos os desdobramentos do caso, oferecendo todo suporte para as autoridades locais", diz o texto.

A morte de João Alberto Freitas provocou protestos em todo o país. Veja abaixo imagens das manifestações:

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