Projeto em SP distribui marmitas à população LGBT em vulnerabilidade
Iniciativa tem como foco o atendimento a pessoas vulneráveis do grupo LGBTQIA+. A distribuição será feita a partir desta quarta-feira (1º)
São Paulo|Do R7
Uma iniciativa realizará a distribuição de marmitas nas regiões do centro e noroeste da cidade de São Paulo, a partir desta quarta-feira (1º). O projeto, chamado Cozinhando pela Vida, tem como foco o atendimento a pessoas vulneráveis do grupo LGBTQIA+.
“O programa que estamos trabalhando juntamente à Prefeitura, é de extrema importância, pois, entre grande parte da comunidade LGBTI, a família é o maior fator de exclusão. A única saída desse público é, na maioria das vezes, morar na rua. O projeto atenderá a comunidade da região central de São Paulo, melhorando os índices de nutrição desta população e atendendo o objetivo principal de nossa entidade: apoiar, contribuir e estar ao lado da população mais vulnerável”, comenta o presidente do Casarão Brasil, Rogério de Oliveira.
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O projeto, da Prefeitura de São Paulo junto à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, é responsabilidade das instituições Casarão Brasil, Instituto Laudenor de Souza e o Cosan (Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional), que farão a produção diária de 600 refeições, sendo 300 no almoço e 300 no jantar, distribuídas gratuitamente em um período de oito semanas, totalizando 30 mil marmitas entregues no período.
“O Cozinhando pela Vida é uma iniciativa de três pilares. Além de alimentar a população que está em situação de vulnerabilidade durante a pandemia do novo coronavírus, também emprega e auxilia na renda de cozinheiras e movimenta o comércio local, onde são comprados os insumos das refeições”, explica a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso.
Com custo médio de R$ 10, cada refeição tem 500 gramas e é composta de uma dieta balanceada e nutritiva com arroz branco, feijão carioca, carne vermelha moída, legumes, macarrão e salada, além de uma fruta de sobremesa. De acordo com a Prefeitura, o programa terá extensões e pelo menos outras 150 mil refeições devem ser produzidas nos próximos meses.
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“Mesmo com a retomada da economia e diminuição do contágio do coronavírus, a crise causada pela pandemia impacta diretamente a população mais pobre. Esse programa tem como foco a segurança alimentar, mas também a geração de renda a diversas famílias das regiões mais carentes de São Paulo”, destaca Aline Cardoso.
Incentivo à economia local
A Prefeitura aconselhou que as instituições contratassem profissionais cozinheiros para todo o período de distribuição das refeições, remunerados de forma equivalente a uma jornada diária de trabalho.
Essa seria uma forma de dar chance de trabalho a pessoas que perderam suas posições devido à pandemia. O Casarão Brasil selecionou 12 mulheres para o preparo das marmitas, enquanto o Instituto Laudenor de Souza selecionou dez profissionais, sendo cinco cozinheiros e cinco auxiliares de cozinha, responsáveis pela montagem e produção das marmitas.
Também foi sugerido que os responsáveis pelas marmitas fizessem as compras dos ingredientes em pequenos produtores da região, como incentivo e ajuda a esses empreendedores que perderam com a crise causada pelo novo coronavírus.