Protesto para ônibus no terminal Grajaú em dia de greve de trens
Duas avenidas da zona sul tem bloqueios. Paralisação é total nas linhas 9-Esmeralda e 10-Turquesa e parcial na 7-Rubi e 8-Diamante
São Paulo|Mariana Rosetti e Isabelle Gandolphi, da Agência Record
Passageiros revoltados com a greve dos funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) interromperam a saída de ônibus do Terminal Grajaú, no extremo sul da capital paulista. O grupo ocupou a saída do terminal na avenida Dona Belmira Marin e impede que os coletivos deixem o local. A Polícia Militar foi acionada e realiza o apoio na estação.
Interdição também na avenida Teotônio Vilela, na zona sul, com galhos de árvores. Só motos passam no trecho e há extensa fila de ônibus parados na região.
Passageiros estão parados há cerca de duas horas dentro dos coletivos e não conseguem avançar para chegar aos compromissos.
De acordo com a CPTM, não há previsão de acionar a operação PAESE (Plano de Atendimento entre Empresas em Situação de Emergência). As empresas de ônibus mantêm 100% da frota em operação ao longo do dia.
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Em nota, a SPTrans informou que as linhas de ônibus que atendem o Terminal Grajaú fazem o retorno, em ambos os sentidos, desde as 6h desta quinta-feira (15) por causa da interferência na via. Também duas linhas da EMTU (012 e 226) operam com desvios de itinerário na região do Grajaú.
Greve CPTM
A operação das linhas da CPTM teria início às 4h, mas a paralisação de funcionários afeta diferentes linhas. Não circulam as linhas 9-Esmeralda e 10-Turquesa. Segundo a empresa, adesão à greve foi total, contrariando decisão da Justiça do Trabalho de manutenção de 80% dos trabalhadores no horário de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia.
Pararam parcialmente as linhas 7-Rubi (Caieras - Barra Funda) e 8-Diamante (Barueri - Barra Funda) com intervalo de 10 minutos. Na estação Palmeiras-Barra Funda, a conexão com o Metrô na Linha 3-Vermelha está mantida.
Operam normalmente as Linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade nesta manhã.
De acordo com o sindicato dos ferroviários, a CPTM não reajusta os vencimentos desde 2019 e está atrasando a data-base da nova proposta à categoria. A empresa também não aceitou o acordo proposto pelo Ministério Público ao pagamento do PPR (Programa de Participação nos Resultados) 2020, com duas parcelas já vencidas.