Quarentena por pandemia deve esvaziar visitas ao túmulo de Senna
Medidas de isolamento social afetam ida de fãs ao cemitério do Morumbi na data que marca os 26 anos de morte do piloto em acidente na Itália
São Paulo|Clarice Sá, do R7
Ponto de visitação de fãs de todo o mundo, o túmulo de Ayrton Senna deve receber raros visitantes neste dia 1º de maio, data que marca o 26º aniversário de sua morte, aos 34 anos, em um acidente na Grande Prêmio de San Marino, na Itália. Esta é a expectativa do cemitério do Morumby, na zona sul de São Paulo, onde o corpo do ídolo do esporte brasileiro, tricampeão de Fórmula 1, está sepultado.
Saiba como se proteger e tire suas dúvidas sobre o novo coronavírus
Os portões do cemitério estão fechados. O acesso é controlado. Na entrada, é necessário ao visitante se identificar e dizer onde vai. “Dia 1º sempre vem gente. Vamos limitar o número de pessoas e segurar o pessoal para quem for ao túmulo fazer rodízio”, conta o gerente administrativo Cláudio Mattos, que trabalha no cemitério há 33 anos. “Não acredito que venha muita gente, não. Não tem ninguém visitando cemitério por conta da quarentena”, complementa.
O movimento, conta Cláudio, continua escasso mesmo quando há sepultamentos. Ele lembra que já presenciou velórios que lotaram a área gramada do cemitério. "O que dá movineto são os velórios cheios, tem velórios que atram cem, duzentas pessoas. Às vezes um sepultamento superlota o cemitério". Caso do dia em que o corpo de Senna chegou ao local, trazido por carro de bombeiros. Populares se aglomeraram no portão e o caixão entrou acompanhado por um cortejo que, mesmo restrito a pessoas autorizadas, encheu o gramado.
Hoje, os velórios devem durar no máximo uma hora e já é comuns que as famílias dispensem o momento. Limitados a dez pessoas, os enterros raramente atraem mais de seis. Há casos em que não há ninguém para acompanhar. Cláudio atribui as ausências à quarentena, que entrou em vigor no dia 24 de março em todo o estado de São Paulo. A medida só deve começar a ser flexibilizada a partir do dia 11 de maio, de acordo com o governo.
Cláudio atribui as ausências à quarentena, que entrou em vigor no dia 24 de março em todo o estado de São Paulo. A medida só deve começar a ser flexibilizada a partir do dia 11 de maio, de acordo com o governo.