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Quem é Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral de São Paulo assassinado na Praia Grande

Ruy foi baleado em uma emboscada enquanto saía da sede da Prefeitura de Praia Grande

São Paulo|Do Estadão Conteúdo

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral de São Paulo, foi assassinado em uma emboscada na Praia Grande.
  • Ele ficou conhecido por seu trabalho no combate ao PCC e por indiciar a cúpula da facção em 2006.
  • Fontes, que estava afastado da área de segurança, foi seguido por bandidos antes de ser baleado.
  • A polícia investiga a possibilidade de envolvimento do grupo Sintonia Restrita, ligado ao PCC.

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Ruy Ferraz Fontes
Ruy Ferraz Fontes ficou conhecido por sua atuação contra o PCC Fred Casagrande/Prefeitura de Praia Grande

Ruy Ferraz Fontes, assassinado nesta segunda-feira (15), na Praia Grande, no litoral sul paulista, é ex-delegado-geral de São Paulo e ficou conhecido por sua atuação contra a facção PCC (Primeiro Comando da Capital).

Baleado em uma emboscada enquanto saía da sede da Prefeitura de Praia Grande, Fontes chefiou a Polícia Civil paulista entre 2019 e 2022, após ser nomeado para o cargo de delegado-geral no então governo João Doria (na época, no PSDB).


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Em 2006, ele foi o responsável por indiciar toda a cúpula do PCC, inclusive Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, antes de os bandidos serem isolados na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau.

Em 2019, ele comandava a Delegacia-Geral quando Marcola e a cúpula do PCC foi transferida para presídios federais.


Como foi o ataque

Fontes era secretário de Administração Pública de Praia Grande e despachou na prefeitura normalmente. Quinze minutos antes de sair do prédio, conversou por telefone com o procurador de Justiça Márcio Christino.

“Fui o último a conversar com ele. Ele não estava fazendo nada ligado à segurança, estava afastado da área”, afirmou o procurador.


De acordo com ele, Fontes saiu da prefeitura e foi seguido por bandidos em uma Hilux. Imagens de câmeras de segurança mostram que Fontes estava em alta velocidade, provavelmente fugindo dos bandidos, quando entrou em um cruzamento e foi atingido por um ônibus. O carro capotou. Os bandidos desceram da picape com fuzis e atiraram no delegado, que reagiu.

De acordo com o secretário-adjunto da Segurança Pública, o delegado Oswaldo Nico Gonçalves, Fontes teria conseguido balear um dos atiradores. Policiais de São Paulo foram despachados para a Baixada Santista.


Uma das suspeitas da polícia é que a ação tenha sido obra da Sintonia Restrita, o grupo de pistoleiros do PCC responsável no passado por planos para sequestrar o ex-juiz Sérgio Moro e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado).

“Ainda não podemos afirmar. Mas vamos tentar localizar esse bandido que ele teria baleado”, afirmou Nico.

Ruy escapou de emboscada em 2010

Ruy, como era conhecido, já havia escapado em outra oportunidade de um plano para assassiná-lo. Ele trabalhava então no 69º Distrito Policial, na Cohab Teotônio Vilela.

Era 2010. O delegado havia acabado de deixar a delegacia de Roubo a Bancos, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), quando o plano de bandidos ligados ao PCC foi descoberto.

Fontes dirigiu ainda o departamento de Narcóticos, onde foi responsável pela primeira grande investigação que traçou as ações de Gilberto Aparecido do Santos, o Fuminho, o narcotraficante do PCC que foi detido em 2020 em Moçambique e extraditado para o Brasil.

Currículo

Delegado de Polícia por mais de 40 anos, Ruy Ferraz Fontes iniciou a carreira como delegado de Polícia Titular da Delegacia de Polícia do Município de Taguaí (Deinter 7) e, ao longo dos anos, foi delegado de Polícia Assistente da Equipe da Divisão de Homicídios do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa).

Foi também delegado de Polícia Titular da 1ª Delegacia de Polícia da Divisão de Investigações Sobre Entorpecentes do Denarc (Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico); delegado de Polícia Titular da 5ª Delegacia de Polícia de Investigações Sobre Furtos e Roubos a Bancos do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e comandou outras delegacias e divisões na Capital.

Também esteve à frente da Delegacia Geral de Polícia do Estado de São Paulo e foi Diretor do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital).

Ruy assumiu a Secretaria de Administração de Praia Grande em janeiro de 2023, permanecendo na gestão que se iniciou em 2025.

Polícia envia reforço para a Baixada Santista

Após a morte de Ruy, a Polícia Civil e a Polícia Militar iniciaram uma verdadeira “caçada” em busca dos criminosos na Baixada Santista.

Mais de uma centena de policiais da capital foram enviados para a Baixada Santista.

“Estamos mobilizando o DHPP e o Deic nessa investigação. É algo muito triste. O doutor Ruy era uma figura emblemática da Polícia Civil e muito atuante no combate ao crime organizado. Estava aposentado desde maio 2023. Vamos priorizar a investigação, mas já determinei a ida do [Batalhão de] Choque para a Baixada para tranquilizar a população”, afirmou o secretário da Segurança Púbica, Guilherme Derrite.

Perguntas e Respostas

Quem foi Ruy Ferraz Fontes?

Ruy Ferraz Fontes foi um ex-delegado-geral de São Paulo, conhecido por sua atuação no combate à facção PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele foi assassinado em 15 de outubro de 2023, na Praia Grande, litoral sul paulista.

Como ocorreu o assassinato de Ruy Ferraz Fontes?

Ruy foi baleado em uma emboscada enquanto saía da sede da Prefeitura de Praia Grande. Ele estava sendo seguido por bandidos em uma Hilux e, ao tentar fugir, acabou colidindo com um ônibus, o que fez seu carro capotar. Os criminosos desceram do veículo e atiraram nele, mas Ruy reagiu e conseguiu balear um dos atiradores.

Qual foi o papel de Ruy Ferraz Fontes na Polícia Civil?

Fontes chefiou a Polícia Civil paulista entre 2019 e 2022 e foi responsável por indiciar a cúpula do PCC em 2006, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. Ele também comandou a Delegacia-Geral durante a transferência de Marcola e outros líderes do PCC para presídios federais.

Quais foram as reações após o assassinato de Ruy?

Após sua morte, a Polícia Civil e a Polícia Militar iniciaram uma operação na Baixada Santista para localizar os criminosos. Mais de uma centena de policiais da capital foram enviados para a região, e o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, destacou a importância da investigação e a mobilização do Batalhão de Choque para tranquilizar a população.

Ruy Ferraz Fontes já havia enfrentado ameaças antes?

Sim, Ruy já havia escapado de um plano de assassinato em 2010, quando trabalhava no 69º Distrito Policial. O plano foi descoberto antes que pudesse ser executado.

Qual era a posição de Ruy Ferraz Fontes na Prefeitura de Praia Grande?

Ruy era o secretário de Administração Pública de Praia Grande e despachava na prefeitura normalmente. Ele assumiu essa posição em janeiro de 2023.

Como a polícia está lidando com a investigação do caso?

A polícia está mobilizando equipes do DHPP e do Deic para investigar o assassinato. O secretário da Segurança Pública expressou sua tristeza pela morte de Ruy e ressaltou sua importância na luta contra o crime organizado.

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