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Quis chorar quando vi os PMs, diz testemunha de morto a pauladas

Dois policiais militares estão presos preventivamente acusados de terem matado adolescente de 16 anos com um taco de beisebol, em abril de 2017

São Paulo|Kaique Dalapola, do R7

Gabriel Paiva foi morto em abril de 2017, na zona sul de SP
Gabriel Paiva foi morto em abril de 2017, na zona sul de SP Gabriel Paiva foi morto em abril de 2017, na zona sul de SP

Duas mulheres que estão sob proteção da Justiça por terem testemunhado a morte do adolescente Gabriel Paiva, 16 anos, participaram da audiência de oitiva, no Fórum Criminal da Barra Funda (zona oeste de São Paulo), na tarde desta terça-feira (23). Elas afirmam que viram o jovem sendo espancado por policiais militares, em abril do ano passado, na Vila Missionária (zona sul).

Separadas por um vidro escuro, as duas mulheres estiveram frente a frente com os soldados da PM Thiago Quintino Meche e Jefferson Alves de Souza, acusados de terem espancado o adolescente com um taco de beisebol. Gabriel morreu em 21 de abril, após ficar cinco dias internado.

“Na hora que vi os policiais fiquei com vontade de chorar, por que passa um filme na cabeça. O Gabriel não era da minha família, eu nem conhecia, mas podia ser parente meu, a gente nunca sabe o que pode acontecer”, disse uma das testemunhas, de 25 anos.

Ela ainda conta que os dois PMs já estão bem diferentes em comparação ao que eram quando atuavam no bairro. “Eles já devem estar pagando pelo que fizeram, dá para ver por causa do físico que eles tinham e agora estão magros”, contou.

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No bairro onde aconteceu o crime, na Vila Missionária (zona sul), o soldado Jefferson é conhecido pelos moradores como “Negão da Madeira”, por causa da suposta prática que o policial tinha de abordar as pessoas com o taco de beisebol que teria usado para espancar Gabriel.

A testemunha afirma ter presenciado o momento que os policiais militares estavam espancando Gabriel. Segundo ela, o crime aconteceu a cerca de cinco metros da janela onde mora com a mãe (a outra testemunha).

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Mãe e filha dizem que chegaram a pedir para os PMs pararem de espancar Gabriel, no entanto, os policiais teriam mandado as duas saírem da janela e ir dormir. Elas contam que viram quando a outra viatura chegou e socorreu o adolescente.

Os dois soldados, Jefferson e Thiago, estão presos preventivamente no Presídio Militar Romão Gomes (zona norte) desde 19 de maio do ano passado. Além dos deles, outros dois policiais militares são investigados por possível participação no crime.

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