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Renato Cariani diz que substância ‘puríssima’ citada em reportagem é sal de cozinha

O influenciador afirmou que estava negociando cloreto de sódio e que o termo é usado para diferenciar a pureza do produto

São Paulo|Do R7


Cariani afirmou que estava vendendo cloreto de sódio
Cariani afirmou que estava vendendo cloreto de sódio

O influenciador Renato Cariani, suspeito de envolvimento em um esquema que teria desviado 12 toneladas de produtos químicos para a produção de drogas, revelou que a substância "puríssima" vendida e citada em uma reportagem é sal de cozinha.

Em um vídeo publicado em seu canal no YouTube, o químico argumenta que as negociações feitas no email vazado eram para a compra de cloreto de sódio puríssimo.

Renato então explica que a substância, no meio alimentício, é usada para fazer o sal de cozinha e, na indústria farmacêutica, para fabricar soro fisiológico.

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"Para a indústria farmacêutica, o cloreto de sódio tem que ter um nível de pureza maior do que o da indústria alimentícia", disse ele.


O influenciador então esclareceu que o termo "puríssimo" é usado no meio para diferenciar os dois tipos da substância, que têm usos diferentes.

"Esse é o termo usado para diferenciar o cloreto de sódio convencional para um cloreto de sódio mais puro, porque ele não tem nenhum tipo de acréscimo de substância", afirmou. "Por isso que se tem uma grade de especificação de alta qualidade superior ao alimentício."

Investigação

A Polícia Federal de São Paulo desarticulou, na última terça-feira (12), um esquema que teria desviado 12 toneladas de produtos químicos para a produção de cocaína e crack. O influenciador fitness Renato Cariani, de 47 anos, é suspeito de envolvimento no caso.

Entre as drogas encontradas estão grandes quantidades de fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila — o suficiente para preparar mais de 19 toneladas de entorpecentes prontos para consumo.

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A PF informou que mais de 70 agentes cumpriram 18 mandados de busca e apreensão em São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Ribeirão Preto, Diadema, Praia Grande, Guarujá, Curitiba e Rubim (MG). No esquema, ainda há endereços situados no Paraná.

Defesa de Cariani

O influenciador fitness publicou nesta sexta-feira (15) mais um vídeo em que se defende das denúncias de participação em um esquema de desvio de produtos químicos para o tráfico.

Cariani disse que a empresa da qual é sócio, a Anidrol, é vítima da mesma forma que a multinacional AstraZeneca, que denunciou a emissão de notas fiscais, em 2017, referentes a movimentações de produtos químicos que não reconhecia como suas.

“A AstraZeneca é vítima, e eu sou também”, declarou Cariani. “Isso é uma palhaçada.”

Sobre as denúncias de que a Anidrol teria recebido dinheiro em espécie em transações, Cariani foi enfático ao ressaltar que a empresa só recebe valores a partir de depósitos bancários que podem ser rastreados. O influenciador também afirmou que as 16 toneladas que teriam sido desviadas para organizações criminosas são irrisórias perto do fluxo de material da empresa.

“Nós movimentamos, produzimos, comercializamos, vendemos centenas de toneladas de produtos por mês. Nós estamos falando de uma empresa de 42 anos de história”, explicou Cariani. “Dezesseis toneladas em seis anos chegam a ser simbólico, desapercebido, dentro da logística de material que nós temos.”

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