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Represa Jaguari, da Cantareira, opera com 43% de sua capacidade

Nível do Sistema pode diminuir ainda mais até outubro. Mas especialista não conta com desabastecimento

São Paulo|Ugo Sartori, do R7*, e Andressa Isfer, da Agência Record

Represa Jaguari opera com 43% de sua capacidade e pode diminuir até outubro
Represa Jaguari opera com 43% de sua capacidade e pode diminuir até outubro

A represa Jaguari, do Sistema Cantareira, em Jacareí, no interior de São Paulo, está operando com 43% de sua capacidade, nesta quinta-feira (19). A falta de chuvas no Estado fez com que o nível do Sistema Cantareira voltasse a cair.

O Sistema é composto por quatro represas, Jaguari/Jacareí, Cachoeirinha, Atibainha e Paiva Castro. A soma delas não chega à metade da capacidade do Sistema, 41% da Cantareira tem água.

De acordo com a Sabesp, porém, a queda do nível da represa Jaguari não preocupa, pois "todos os mananciais trabalham juntos". Ou seja, "isso permite que as águas produzidas em um sistema possam avançar para áreas normalmente atendidas por outro, conforme a necessidade", informou a Sabesp.

A meterologista Josélia Pegorim, do Climatempo, disse que até agosto pode chover na região do Sistema Cantareira. "Mas essa chuva praticamente não vai fazer diferença no nível", disse a especialista. Para ela, a falta de chuvas nesses meses é normal, a estiagem é esperada nessa época do ano.


Mesmo que chova nesses meses de seca, não quer dizer que encherá o Sistema. "É preciso meses de chuva frequente, e principalmente no verão, para refazer as reservas de água. Por isso, sempre falamos que é a chuva do verão que enche reservatório", disse Josélia.

Para a especialista, é possível que o nível da Cantareira ainda diminua mais até outubro, isso por causa da pouca chuva esperada em agosto e setembro. "Além de não ter chuva suficiente, o consumo não para. Mas é muito pouco provável que chegue na situação de desabastecimento".


Mesmo assim, ela recomenda o uso consciente da água, independente de seca ou não. "Mas agora, na estiagem normal, é ainda mais importante 'fechar a torneira' e economizar água", disse Josélina.

Secas históricas


De acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), faz mais de um mês que a cidade não registra chuvas significativas. Essa marca tornou o período das secas o 5º mais longo registrado pelo Centro, que iniciou suas medições em 1995.

O período mais longo de seca, em São Paulo, foi registrado em 2012, de 19 de julho a 18 de setembro. O segundo foi no ano de 2010, de 17 junho a 6 de setembro e o terceiro foi em 2008, de 23 de junho a 2 de agosto.

Ainda segundo o CGE, a previsão é que o período de seca de 2018 dure pelo menos 41 dias. Se a previsão se concretizar, esse será o terceiro período da seca mais longa da cidade. No primeiro semestre, choveu 35,7% a menos que a média. O normal seria uma chuva de 819,3 mm, na época, porém, foi registado 527,3 mm.

*Estagiário do R7, com supervisão de Celso Fonseca

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