Rota mata quatro em suposta troca de tiros no Capão Redondo
Ação na zona sul de SP ainda contou com a prisão de duas mulheres, uma delas estava com uma criança de colo. Caso ocorreu na tarde de domingo (29)
São Paulo|Kaique Dalapola, do R7, e Carla Balta, da Agência Record*
Policiais militares da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) mataram quatro pessoas na tarde deste domingo (29), no Jardim Ipê, região do Capão Redondo, periferia da zona sul de São Paulo.
Segundo a versão dos policiais, os homens foram mortos após uma troca de tiros.
De acordo com a PM, os policiais receberam uma denúncia e foram até a casa que seria usada por traficantes de drogas.
A Polícia Militar afirma que quando os agentes chegaram no local, Eliscarlos Rocha Vieira, 38 anos, Wellington Sidney Ferreira, 34, Antônio Dias Santana Júnior, 34, e Thiago Rodrigues Caetano, 31, resistiram à abordagem policial.
Seis em cada dez mortos pela polícia paulista são negros
Três homens que teriam trocado tiros com os policiais militares foram baleados e mortos ainda dentro da casa.
O quarto homem, ainda conforme as informações da PM, conseguiu pular o muro da residência e iniciado fuga a pé em uma rua paralela. No entanto, foi alcançado pelos policiais e, depois de outra suposta troca de tiros, foi baleado. Ele homem chegou a ser socorrido ao Pronto Socorro do Campo Limpo, mas não resistiu aos ferimentos.
Dentro da casa que os homens estavam, segundo os policiais, a PM encontrou drogas, um fuzil e dois coletes à prova de balas.
Quando saiu da residência, os policiais viram um Hyundai HB20 com três mulheres e decidiram realizar a abordagem. A motorista do carro teria conseguido fugir a pé, e as outras duas foram revistadas. Uma das muheres estava com uma criança de colo.
Dentro do carro, segundo os policiais da Rota, foram encontrados oito tijolos de maconha. As duas mulheres, que não portavam nada, foram detidas responsáveis pela droga. A criança, segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), foi entregue à avó paterna.
O caso foi registrado no 89º DP (Portal do Morumbi) e encaminhado para o DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa).
*Colaboraram Mariana Rosetti, Ingrid Navarro e Rafael Custódio, da Agência Record