São Paulo Salles diz querer ser candidato à Prefeitura de SP seja pelo PL ou outro partido

Salles diz querer ser candidato à Prefeitura de SP seja pelo PL ou outro partido

Ex-ministro havia anunciado desistência da corrida pelo cargo de chefe do poder executivo municipal da capital

Agência Estado
Ricardo Salles foi ministro do governo Bolsonaro

Ricardo Salles foi ministro do governo Bolsonaro

Carolina Antunes/PR - 12.02.2020

Depois de recuar e desistir do recuo, o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) pretende ser candidato à Prefeitura de São Paulo, mesmo que não tenha o apoio do PL, sua atual legenda. O parlamentar confirmou ao Estadão que está em conversas com outras siglas e que, hoje, seria candidato de toda forma.

"Estou conversando com outros partidos e com o próprio PL, mas nada definido", disse ele, após publicar nas redes sociais que está de volta ao jogo. Questionado diretamente se diria hoje que é candidato de toda forma, seja o PL ou em outro partido, ele reafirmou: "Sim. Essa é a ideia".

De acordo com coluna do Estadão, Ricardo Salles se encontrou nesta quarta-feira (4) com Jair Bolsonaro e ouviu do ex-presidente um pedido para que continue no partido, com o argumento de que ainda falta muito para a definição da legenda sobre a candidatura em São Paulo.

Ricardo Salles havia abandonado as pretensões de disputar a prefeitura após a aproximação entre Bolsonaro e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) se tornar mais forte. O ex-chefe do Executivo tem sido aconselhado por integrantes do PL, incluindo o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, de que só tem chance de ver uma candidatura vitoriosa na capital se preferir um nome mais ao centro, já que a cidade de São Paulo costuma ter um comportamento um pouco mais à esquerda que o restante do Estado.

Apesar dessa avaliação, a reticência de Ricardo Nunes de colocar-se em defesa de Bolsonaro e admitir a proximidade em público incomodou integrantes do núcleo bolsonarista. O próprio ex-presidente afirmou que precisava resolver problemas em São Paulo em razão disso.

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O prefeito tem oscilado em suas declarações, ora exaltando Bolsonaro, ora driblando essa vinculação. O pior momento foi a fala de Nunes em uma palestra a estudantes, em que disse que não era nem Lula nem Bolsonaro.

No episódio da greve dos funcionários do Metrô, da CPTM e da Sabesp, como mostrou a colunista Monica Gugliano, integrantes do PL ficaram incomodados com a reação de Ricardo Nunes, considerada pálida.

Coube ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fazer o enfrentamento mais direto com o PSOL, partido ao qual a presidente do sindicato, Camila Lisboa, era filiada, e com o deputado federal Guilherme Boulos, hoje principal nome da esquerda na disputa municipal. Foi exatamente nesse contexto que Salles se colocou de volta no jogo nas redes sociais.

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