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Sé tem 290 vezes mais oferta de trabalho formal do que Anhanguera

Mapa mostra que desigualdade da remuneração em SP é de R$ 4,6 mil. Trabalhadores de São Domingos tem melhor salário e de Artur Alvim, pior

São Paulo|Fabíola Perez, do R7


Morumbi é a região com maior coeficiente de homicídios entre jovens
Morumbi é a região com maior coeficiente de homicídios entre jovens

Se o conceito elaborado pelo arquiteto Carlos Moreno, da Universidade de Sorbone em Paris, de que a cidade deve oferecer acessibilidade aos principais serviços aos cidadãos em uma caminhada de 15 minutos, os dados do Mapa da Desigualdade, divulgados nesta quinta-feira (29) pela Rede Nossa São Paulo demonstram que a realidade da capital paulistana está distante do cenário ideal.

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O levantamento revelou que a região da Sé, no centro, tem 290 vezes mais oferta de trabalho formal e renda do que no distrito de Anhanguera, na zona norte. O estudo mostrou ainda que a média de remuneração na cidade de São Paulo é de R$ 4,6 mil. Trabalhadores do distrito de São Domingos, na zona norte, é de R$ 6.996,81, considerada a melhor remuneração da cidade, enquanto que trabalhadores de Artur Alvim têm remuneração de R$ 2.016,55. 

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A renda média familiar mensal no Alto de Pinheiros na zona oeste, é de R$ 9.591,93, enquanto que em Lajeado, na zona leste, é de R$ 2.628,63, uma média de R$ 4,7 mil. Isso significa dizer que a renda das famílias do Alto de Pinheiros é 3,6 vezes maior do que a das famílias de Lajeado.

"A pesquisa tem uma continuidade ao mostrar como São Paulo é desigual entre os distritos", afirma Carolina Guimarães, coordenadora da Rede Nossa Sao Paulo. "Temos um planejamento desigual, um centro expandido com muito e regiões periféricas com pouco."

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"Isso fica muito evidente ao longo dos dados principalmente quando olhamos para mobilidade, moradia e acesso a emprego. Essa caracterização do mapa é importante para vermos que a população preta e parda está mais nas bordas da cidade, onde há menos acesso a cultura. Precisamos ofertar mais onde tem menos", afirma Carolina.

O mapa, segundo a coordenadora, mostra como as desigualdades são multidimensionais. "A população preta e parda está nos municípios mais pobres. São os distritos mais vulneráveis onde não há condições propícias para os jovens prosperarem. O centro expandido expulsa as pessoas."

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