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Sem espaço, Cemitério Vila Nova Cachoeirinha para de abrir túmulos

Equipamento funciona apenas para sepultamentos de túmulos privados e para enterros de crianças, informa a prefeitura

São Paulo|Mariana Rosetti, da Agência Record, com informações da Agência Estado

Cemitério Vila Nova Cachoeirinha
Cemitério Vila Nova Cachoeirinha Cemitério Vila Nova Cachoeirinha

O Cemitério Vila Nova Cachoeirinha, um dos maiores da cidade de São Paulo, suspendeu todas as atividades de sepultamento nesta terça-feira (30) por falta de espaço para novos túmulos, de acordo com denúncia feita pelo Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo). 

A unidade da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da capital, era uma das quatro que estavam operando durante à noite para atender a demanda mais recente por sepultamentos. Dados da Prefeitura apontam que a cidade realizou 381 sepultamentos nesta segunda-feira (29). No domingo (28), o número chegou a 392, um a menos que os 393 da sexta-feira (26).

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O sindicato afirma que a falta de espaço ocorreu depois que o cemitério foi incluído no contrato de aluguel de equipamentos para sepultamentos noturnos na cidade. Segundo a entidade, será necessário exumar corpos com mais de 3 anos para abrir novas sepulturas - a prefeitura nega a informação.

O sindicato também divulgou uma nota em que a Divisão de Atendimento de Convênios e Funerais orienta que os sepultamentos na quadra geral de adultos só devem acontecer sob autorização da administração do cemitério, preferencialmente por escrito e "quando por telefone, deverá constar o nome do servidor que autorizou o sepultamento".

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Comunicado da divisão de atendimento de convênios e funerais da prefeitura de SP
Comunicado da divisão de atendimento de convênios e funerais da prefeitura de SP Comunicado da divisão de atendimento de convênios e funerais da prefeitura de SP

A prefeitura disse que o cemitério não foi e não será fechado e não confirma que a falta de espaço inviabiliza a abertura de novos túmulos. No entanto, afirma que "continua funcionando para sepultamentos dos munícipes que possuem túmulos - concessão - e para enterros de crianças". Os enterros de crianças, explica o sindicato, são realizados em uma área específica e os sepultamentos concedidos são privados, já reservados. 

Ao Estadão, o secretário de imprensa do Sindsep, João Batista Gomes, reforçou que os sepultamentos para quem já possui túmulo representa uma minoria entre o serviço realizado cotidianamente no cemitério. Ele disse que os sepultamentos que antes ocorreriam no local devem passar para unidades do Perus ou Santana, também na zona norte.

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A prefeitura afirma ainda que "a informação de que o cemitério fará apenas exumação para abertura de novas vagas é improcedente, pois trata-se de um procedimento necessário, que é feito de forma regular de acordo com critérios previstos na legislação em vigor."

O sindicato vê relação entre a suspensão e o que chama de sucateamento do serviço funerário. “O Sindsep há décadas alerta para a falta de investimento no Serviço Funerário Municipal de São Paulo e para o seu sucateamento", declarou o Sindsep em nota cobrando a nomeação de concursados e a ampliação de investimentos em novos cemitérios públicos da cidade.

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