Servidores da Fundação Casa de SP suspendem greve após acordo
Proposta do TRT foi aceita por 74% da categoria em assembleia. Por reajuste salarial, mobilização será retomada no dia 16
São Paulo|Do R7, com informações da Agência Record
O SITSESP (Sindicato dos Trabalhadores nas Fundações Públicas de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Privação de Liberdade do Estado de São Paulo) informou que a greve dos servidores da Fundação Casa, marcada para esta sexta-feira (4), foi suspensa após proposta do TRT (Tribunal Regional do Trabalho).
A instituição anunciou que a proposta do TRT foi aceita por 74% dos servidores na assembleia, que foi realizada na noite de quinta-feira (3). Na reunião de conciliação, ficou acertado o retorno da forma de custeio do vale-refeição ao que já era antes.
Nova audiência no TRT está marcada para terça-feira (15). Apesar da suspensão da paralisação, foi indicada a retomada do movimento grevista no dia 16 para discutir o reajuste salarial da categoria.
Ainda no dia 29, servidores da Fundação Casa haviam decidido, em assembleia, entrar em greve a partir de sexta-feira (4). Os trabalhadores protestam, entre outros pontos, contra o aumento do convênio médico e a redução do vale-refeição, de acordo com o sindicato.
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O SITSESP afirma que os servidores estão sem reajuste salarial desde 2015 e sem repasse da inflação desde 2019. No entanto, houve reajustes anuais no valor do plano de saúde. A categoria ainda alega que há uma década não tem Plano de Cargos e Salários aplicados em suas funções e que a Fundação Casa vem reduzindo e fechando centros de internação em todo o estado e transferindo servidores para longe de casa.
Também um comunicado informou que o valor do vale-refeição seria cortado ou descontado a partir do dia 1°, em caso de férias, afastamento por comorbidades ou compulsório, licença maternidade/adotante, atestado médico e falta injustificada.
Na ocasião, em nota, a Fundação Casa informou que "é inadmissível uma categoria cogitar greve em meio à pandemia, quando nunca houve atraso de pagamento, benefícios e os empregos foram mantidos, uma situação completamente oposta à do restante da população, que sofre com uma grave crise econômica causada pela pandemia".