Servidores estão em greve por valorização profissional em SP
Funcionários dos níveis básico e médio paralisam atividades a partir desta terça-feira para pressionar prefeitura a aceitar proposta do Sindsep
São Paulo|Joyce Ribeiro, do R7
Os agentes de apoio, os assistentes de gestão de políticas públicas e os assistentes de suporte técnico da cidade de São Paulo entraram em greve nesta terça-feira (5) por uma reestruturação da carreira. A categoria alega que desde 2013 não tem reajuste salarial e que desde 2003 não tem um plano renovado de cargos. A prefeitura informou que o direito à greve é legítimo, no entanto não citou um plano alternativo em caso de prejuízo ao atendimento público.
O Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo) divulgou nesta terça-feira fotos de unidades que aderiram à paralisação, como a subprefeitura Sé, no centro, de Itaquera, Guaianazes, Itaim Paulista e Ermelino Matarazzo, na zona leste, a subprefeitura da Freguesia do Ó e Pirituba, na zona norte, Lapa, na zona oeste, e a de Santo Amaro e Campo Limpo, na zona sul. Também estão em greve parte dos servidores do hospital do Campo Limpo e do Descomplica Campo Limpo e alguns departamentos da Procuradoria Geral do Município.
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Dos 35 mil servidores municipais da categoria, quase 12 mil estão em atividade em setores administrativos como hospitais, escolas, subprefeituras e autarquias. Os outros 23 mil são inativos. O Sindsep informou que é urgente a reestruturação da carreira dos servidores de nível básico e médio e apresentou no dia 15 de outubro, em assembleia, a contraproposta feita pelas entidades sindicais. Segundo o Sindsep, a proposta foi construída para garantir ganhos a todos os setores e corrigir distorções ao longo da vida profissional.
A contraproposta apresentada pelos servidores não foi aceita pela prefeitura e os agentes decidiram pela paralisação a partir desta terça (5). O Sindsep defende a manutenção da proporção de 82% existente hoje entre os salários dos níveis básico e médio, também a retomada da proporção de 50% existente entre os salários dos níveis médio e nível universitário (50%), além de abonos.
Uma nova assembleia dos agentes de nível básico e médio está prevista para quinta-feira (7) às 14h em frente a sede da prefeitura para decidir os rumos da paralisação.
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Em nota, a Secretaria de Gestão afirmou que reconhece a urgente necessidade da valorização salarial base do funcionalismo público representada pelas carreiras de nível básico e médio, e por isso encaminhou em 12 de junho um projeto aprovado na Câmara Municipal que concede um abono emergencial para os servidores da ativa: de R$200 para o nível básico e R$300 para o nível médio, retroativos a maio. Na ocasião, a prefeitura se comprometeu a encaminhar um Projeto de Lei de reestruturação das carreiras neste ano.
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A prefeitura informou ainda, em nota, que "ao longo de mais de 10 reuniões de negociações, trabalhou em uma proposta equilibrada e realista, levando em consideração as limitações financeiras". Mas a secretaria ressaltou que "a contraproposta analisada tinha valor muito superior ao que foi apresentado inicialmente, o que está além das possibilidades orçamentárias". A prefeitura destacou ainda que foram liberados R$100 milhões já incluídos na Lei Orçamentária Anual de 2020 para a reestruturação dos quadros.