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Onda de calor: saiba qual é o horário mais quente do dia

Apesar de a radiação solar na superfície terrestre ser mais intensa ao meio-dia, a atmosfera demora certo tempo para aquecer

São Paulo|Letícia Dauer, do R7

Paulistas enfrentam onda de calor
Paulistas enfrentam onda de calor Paulistas enfrentam onda de calor

Imagine o sol de rachar posicionado no centro do céu sem nuvens. Esse é o cenário que a maioria dos brasileiros tem enfrentado com a histórica onda de calor nos últimos dias. O horário do meio-dia é popularmente conhecido como o mais quente do dia, porém a avaliação não está correta. 

Apesar de a radiação solar na superfície atingir seu ápice às 12h, a atmosfera demora certo tempo para aquecer, explica o professor do IAG-USP (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo), Micael Cecchini. O horário mais quente costuma ser registrado pelas estações meteorológicas por volta das 14h.

O aquecimento da Terra funciona como uma panela no fogão, compara a meteorologista do Climatempo, Maria Clara Sassaki. Durante o dia, o sol aquece o solo e, gradualmente, o ar propaga o calor para cima.

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Ao meio-dia, ainda não deu tempo de o sol aquecer totalmente a superfície terrestre, por isso, as temperaturas máximas costumam ser aferidas a partir das 14h, afirma Sassaki.

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Após as 15h, o solo começa a perder calor, pois não há mais o sol para manter o aquecimento. À noite, o planeta ainda libera essa energia em forma de radiação infravermelha, mandando-a de volta para o espaço.

Entretanto, o professor do IAG-USP acrescenta que o horário mais quente pode sofrer alterações dependendo de alguns fatores, como a latitude, a época do ano, as condições das nuvens no céu e a umidade do local.

"No verão, a hora mais quente pode ser uma hora mais tarde e no inverno uma hora mais cedo, porém depende da região do Brasil", reforça a meteorologista do Climatempo.

Onda de calor

Com a onda de calor considerada atípica pelos especialistas, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu na segunda-feira (13) o alerta vermelho de "grande perigo" para 15 estados, incluindo São Paulo e o Distrito Federal. O órgão também estendeu a duração do aviso até sexta-feira (17).

O país está sob influência do El Niño, que provoca o aquecimento acima da média das águas do oceano Pacífico equatorial e, consequentemente, dificulta a formação de corredores de umidade. O que ajuda a manter o ar mais quente do que o normal sobre o Brasil, com chuvas que ocorrem de forma mais isolada.

Segundo o professor do IAG-USP, as ondas de calor são fenômenos esperados para essa época do ano, entretanto a intensidade está elevada e acima do normal.

O El Niño e as mudanças climáticas globais — decorrentes das crescentes concentrações de gases do efeito de estufa — têm aumentado a frequência e a intensidade das ondas de calor. Cecchini relembra que o fenômeno foi registrado em pleno inverno neste ano. O país está enfrentando a quarta onda de calor somente no segundo semestre deste ano.

Como o El Niño deve se estender pelo menos até abril de 2024, segundo os meteorologistas, a expectativa para o verão é de mais ondas de calor e recordes de temperatura máxima.

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