SP bate recorde de casos de estupro, e homicídios registram menor número de série histórica
Os dados são de boletins de ocorrência, do primeiro semestre, divulgados pela Secretaria de Segurança Pública nesta terça-feira
São Paulo|Do R7
O estado de São Paulo registrou, no primeiro semestre, o maior número de estupros desde o início da série história da SSP (Secretaria de Segurança Pública), em 2001. De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira (25), foram contabilizados 7.089 casos de janeiro a junho deste ano — o equivalente a 38 por dia.
Os dados são extraídos pela pasta dos boletins de ocorrência. Esse tipo de crime é conhecido pelo elevado índice de subnotificação, por isso, segundo especialistas em segurança pública, o número pode ser até quatro vezes maior.
Os crimes sexuais vêm crescendo de forma sistemática ao longo dos anos. No primeiro semestre de 2001 — ano em que a SSP-SP começou a realizar esse tipo de levantamento —, São Paulo registrou 2.007 casos de estupro.
Do total de 7.089 ocorrências de 2023, 5.391 são de estupro de vulnerável — correspondente a 76%. Isto é, vítimas que eram incapazes de consentir com o ato pela idade (menores de 14 anos), por alguma doença mental ou por apresentar estado físico que afetava o discernimento, como a embriaguez.
Queda de homicídios
Em contrapartida, os dados divulgados pela SSP revelam que São Paulo registrou o menor número de homicídios dolosos — quando existe a intenção de matar — desde o início da série histórica, ao analisar o primeiro semestre.
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Neste período em 2023, foram registrados 1.327 casos, o equivalente a sete por dia, em média. Enquanto, em 2001, o estado contabilizou o número impressionante de 6.659 assassinatos.
São Paulo também apresentou uma queda de 4,9% no número de homicídios dolosos, ao comparar o primeiro semestre deste ano (1.327 casos) com o mesmo período de 2022 (1.395).