SP: Delegado diz que descarregou arma de Priscila depois que ela caiu
Jornal da Record teve acesso ao depoimento de Paulo Bilynskyj. Ele afirma que ela atirou quando ele saiu do banho e que não quis chegar perto do corpo
São Paulo|Thaís Furlan, da Record TV
O Jornal da Record teve acesso, com exclusividade, às 29 páginas do depoimento em que Paulo Bilynskyj responde perguntas de dois delegados da Corregedoria da Polícia Civil que comandam a investigação e de um perito.
No depoimento, ele disse que Priscila atirou várias vezes quando ele saiu do banheiro, e que ele descarregou a arma depois que a modelo caiu no chão, mas que não se recorda como tirou o carregador da arma porque estava com medo de que ela acordasse e continuasse a fazer alguma coisa.
O crime ocorreu no dia 20 de maio. A modelo Priscila Delgado morreu no apartamento do delegado Paulo Bilynskyj, com quem namorava. Ele foi atingido por seis tiros, na versão dele, disparados por Priscila. Ela foi ferida por um tiro no peito e não resistiu. Paulo afirma que Priscila disparou contra ele e depois se matou.
Paulo contou que na noite anterior ao crime a modelo Priscila Delgado estava muito transtornada e que ele estava com medo.
Disse que os dois tinham brigado porque ela tinha lido uma troca de mensagens de cunho sexual entre Paulo e outra mulher.
Ele falou ainda que, depois da briga, os dois foram dormir e que a última vez que viu Priscila foi no dia seguinte e ela estava sentada no sofá tomando café da manhã.
Disse que foi tomar banho e que quando abriu a porta do banheiro ela já estava parada atirando. Paulo disse que não teve qualquer diálogo com a namorada e que o primeiro disparo atingiu o peito dele.
Segundo o que o delegado Paulo disse em depoimento, a pistola estava carregada com 22 balas. Ele disse que achou que Priscila fosse disparar até acabar a munição porque ela atirava muito rápido e não tinha controle da arma. Paulo contou também que durante todo tempo a modelo segurou a arma com apenas uma das mãos.
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Ainda no depoimento, Paulo disse que em nenhum momento teve contato físico com Priscila e que viu quando ela virou arma para o próprio peito e disparou. Ele achou que o tiro tivesse sido de raspão.
Paulo declara que não chegou perto de Priscila depois do disparo fatal porque "que queria sair de perto dela".
O advogado contratado pela família da modelo para acompanhar as investigações classificou depoimento como confuso, com pontos que precisam ser melhor esclarecidos pelo delegado.