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SP: fim do isolamento depende da queda de casos diários, diz governo

Redução do número de casos de covid-19 por 14 dias e taxa de ocupação de leitos de UTI inferior a 60% são fatores considerados para afrouxamento

São Paulo|Do R7


UTIs da Grande SP já têm 90% de ocupação
UTIs da Grande SP já têm 90% de ocupação

Após São Paulo prorrogar as medidas de isolamento, pelo menos, até o dia 31 de maio, o coordenador interino do Centro de Contingência do Coronavírus no estado, Dimas Covas, detalhou quais são os principais critérios para um eventual afrouxamento das restrições, que estão em vigor desde 24 de março.

"O cenário é ruim. Quando vamos sair desse cenário? Nós temos os indicadores que vão permitir a saída: a redução sustentada do número de casos por 14 dias e uma taxa de ocupação de leitos de UTI inferior a 60%."

Os dois indicadores dependem de uma taxa de isolamento mínima de 55%. "Mas o ideal é que a gente tenha mais do que isso", acrescentou. 

"Quando falamos que é necessário pelo menos 55% de afastamento social, é porque essa é a variável que interfere na taxa de contágio. Quanto maior o isolamento social, menor a taxa de contágio, mais rapidamente nós controlamos a epidemia. E o caso inverso, quanto menos obedecermos o afastamento social, maior será a taxa de contágio e, portanto, mais grave a epidemia e mais tempo vai durar, porque vai ter reflexos imediatamente no sistema de saúde", explicou Dimas Covas. 

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De ontem para hoje, SP contabilizou 1.902 novos casos de covid-19, totalizando 41.830 pessoas desde o primeiro registro, em 25 de fevereiro. 

O secretário de Saúde do estado, José Henrique Germann, ressaltou que essa redução diária de casos só é obtida por meio das medidas de distanciamento social.

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A taxa de isolamento em São Paulo tem ficado abaixo de 50%, o que, pelas projeções do governo, resulta em uma aceleração da pandemia.

Os cálculos do Centro de Contingência do Coronavírus indicam entre 9.000 e 11 mil mortes por covid-19 no estado, se for mantido o isolamento em 55%. Hoje, são 3.416 óbitos.

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Leia também: Taxa de isolamento de 70% frearia pandemia em SP, diz governo

A quantidade de leitos disponíveis para atender pacientes com covid-19 também preocupa o governo.

O distanciamento tem como objetivo reduzir a velocidade de transmissão do coronavírus e evitar o aumento abruto de casos e, consequentemente, de hospitalizações.

Na Grande São Paulo, a ocupação dos leitos de UTI chegou a 89,6% nesta sexta-feira. Em enfermaria, 74%. No interior, essas taxas são de 70% e 51,7%, respectivamente.

"Os leitos serão ampliados, mas neste momento já temos 90% de ocupação. Daí a importância de não perdermos o controle da epidemia", afirmou Germann.

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