A letalidade do novo coronavírus entre motoristas e cobradores de ônibus é três vezes maior do que a média geral da cidade de São Paulo. São trabalhadores da linha de frente que se arriscam todos os dias no contato intenso com a população.
Na linha de frente, convivendo dia a dia com as aglomoerações, por várias horas seguidas, estão motoristas e cobradores de ônibus, que sofrem com o constante risco de contaminação pelo coronavírus. "E levar pra família também, né? É um risco que a gente corre", completa José. Só na cidade de São Paulo, foram 1.373 casos de contaminação em um ano de pandemia.
Com 19 anos de profissão, o motorista Renato Galdino revela o seu momento de maior temor. "É quando vem aquela muvuca de gente, aquele povão lá na frente do lado do motorista. Porque não tem nada pra nos proteger a não ser o alcool em gel".
Exposto, ele tamém foi infectado e passou por dias difíceis, internado com 50% do pulmão comprometido.
"Porque eu acho que fui contaminado lá dentro do onibus? Eu não tenho duvida que foi dentro do ônibus. Ali é onde carrega multidões. A linha que eu trabalho carrega de 500 a 600 passageiros por meio período".
Entre motoristas e cobradores da cidade de São Paulo, já foram registrdas 131 mortes por covid-19. A letalidade da doença entre os profissionais é e 9,5%. NA capital paulista, a média geral é bem menor: 3,3%.
"Muitos companheiros estão morrendo. da minha própria garagem, em uma semana, numa semana, na minha própria garagem foram oito", complementou Renato.
Especialistas estimam que a ocupação do espaço no transporte público de São Paulo em horário de pico é de até nove pessoas por metro quadrado, quando a distância mínima entre passageiros recomendada pelas autoridades sanitárias é de um metro e meio.
Estudos internacionais ainda alertam para o risco de se covnersar ou valar ao telefone dentro de um vagão. uma pessoa infectada e sem máscara pode emitir partículas que permanece no ar por até duas horas.