SP: Morte de adolescente gera protestos e ônibus queimados
De acordo com familiares, o jovem teria sido morto por um policial militar que trabalhava como vigilante em um galpão na zona sul da cidade
São Paulo|Do R7, com informações da Record TV
A morte do adolescente Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, ocorrida na madrugada do domingo (14) , na Vila Clara, zona sul de São Paulo, motivou protestos por parte de familiares e amigos, que começaram por volta das 17h desta segunda-feira (15) e duraram por mais de três horas na região. Inicialmente pacífica, a manifestação arrefeceu e houve confronto entre populares e policiais militares. As informações são da Record TV.
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De acordo com a tia de Guilherme, ele teria desaparecido pela ação de um policial que trabalhava como vigilante em um galpão da região. Após um assalto no estabelecimento, o suposto policial teria ido atrás dos responsáveis na região, confundindo o adolescente, que não tem passagens na polícia, com um dos criminosos.
A família ainda afirma que encontrou o crachá de um policial no local de onde Guilherme teria desaparecido. Este suposto policial seria de São Bernardo do Campo. Familiares e amigos do adolescente protestaram em frente ao local onde o jovem foi visto pela última vez. O dono do estabelecimento que foi assaltado afirmou que os seguranças terceirizados do local não trabalham armados.
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Câmeras de segurança mostraram Guilherme pouco antes de seu sumiço. Ele conversa com um amigo por um tempo, até que fica sozinho, em frente à casa de sua avó. Logo depois, dois homens chegam ao local. Um deles esconde um objeto parecido com uma arma em suas mãos.
O corpo de Guilherme foi encontrado com tiros nas mãos e na cabeça. A vítima também apresentava vários sinais de agressão, segundo familiares.
Depois que os manifestantes fecharam uma das ruas da região, a polícia chegou ao local. Uma parte das pessoas atirou pedras contra os agentes de segurança e ainda tentou interditar o sentido Marginal Pinheiros da avenida Cupecê.
O confronto entre os manifestantes e os policiais duraram por mais de três horas. Após cerca de três horas de protestos, a reportagem do Cidade Alerta obteve a informação que manifestantes teriam incendiado dois ônibus na região. Outras barricadas foram erguidas pelas ruas do bairro.
Marcela, que estava um dos ônibus antes do veículo ser queimado, relembrou a ação dos manifestantes. "Pararam o ônibus, jogaram muitas pedras. Eram vários jovens, o mais velho tinha uns 18 anos. Mandaram todo mundo descer", disse. Ela ainda relatou que o incêndio atingiu casas próximas ao veículo
O R7 procurou a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) para obter esclarecimentos sobre a investigação relativa à morte do adolescente, mas não houve resposta até o momento.