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SP registrou a seca mais severa do país em maio, aponta ANA 

Estado registrou 11% do território com seca excepcional, grau mais severo na escala. Essa é a pior condição desde novembro de 2020

São Paulo|Do R7

Moradores do interior de SP sofrem com seca e começam a racionar água
Moradores do interior de SP sofrem com seca e começam a racionar água Moradores do interior de SP sofrem com seca e começam a racionar água

Um levantamento da ANA (Agência Nacional de Águas), divulgado na sexta-feira (9), mostrou que São Paulo registrou a condição mais severa de seca no país no mês de maio. O estado do Espírito Santo registrou retorno da seca fraca, enquanto a seca moderada voltou ao Rio de Janeiro, conforme o estudo.

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Segundo o levantamento, São Paulo registrou 11% de seu território com seca excepcional, o grau mais severo na escala do Monitor, no noroeste paulista na divisa com o Triângulo Mineiro. O estado paulista também teve o maior percentual com seca extrema: 19%. Esta é a pior condição do estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em novembro de 2020.

A Sabesp, que não responde pelo Estado de São Paulo, mas por 375 municípios que atende informa que, neste momento, não há risco de desabastecimento em sua área de atuação, mas reforça a necessidade do uso consciente da água.

"Na Região Metropolitana de SP, o sistema de abastecimento é integrado, o que permite transferências de água rotineiras entre regiões, dando mais segurança ao abastecimento. Isso é possível porque obras vêm sendo realizadas desde a crise hídrica de 2014, com destaque para a Interligação Jaguari-Atibainha (que traz água da bacia do Rio Paraíba do Sul para o Cantareira) e o novo Sistema São Lourenço. Campanhas sobre o uso consciente também são veiculadas ao longo do ano", disse por meio de nota. 

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A Sabesp ressaltou ainda que a queda no nível das represas é normal nesta época do ano em razão do período de estiagem e ao volume baixo de chuvas. "A projeção da Sabesp aponta níveis satisfatórios para passar pela estiagem (até setembro), mas a Companhia reforça a necessidade de uso consciente da água por todos, em qualquer época do ano."

Na área que atende fora da Região Metropolitana de São Paulo, a Sabesp afirmou que monitora a situação em Franca e Assis. Por conta da falta de chuvas, a vazão dos mananciais vem diminuindo, segundo o órgão. A Companhia disse que reforçou o pedido do uso consciente da água aos moradores e trabalha para manter o abastecimento, com a implantação de mais captações de água e, em Franca, com a entrada em operação de um novo sistema de abastecimento.

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Outros estados

Entre abril e maio, o Espírito Santo voltou a registrar seca fraca em 33% de seu território, o que não acontecia desde fevereiro, quando o fenômeno foi verificado em 20% do território capixaba. Apesar do retorno da seca, o estado teve a melhor condição do Sudeste e a segunda melhor do Brasil em maio, sendo que apenas o DF, livre do fenômeno, teve situação melhor.

Em Minas Gerais, houve uma pequena porção no Triângulo Mineiro com seca excepcional: 0,15% do estado. Também foi registrado um avanço da seca moderada (16% para 22%) e da seca fraca (30% para 41%) no território mineiro em comparação a abril. A área livre do fenômeno caiu de 39% para 23%, menor percentual desde janeiro de 2021 (4%). Considerando a área total com o fenômeno em maio, o estado registrou a 2ª maior área nessa situação (450 mil km²), ficando somente atrás da Bahia.

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No Rio de Janeiro, entre abril e maio, a seca moderada voltou a ser registrada em 18% do território fluminense, grau de severidade que não era verificado desde janeiro deste ano (6%). Com o avanço do fenômeno, o Rio de Janeiro teve uma redução da área livre de seca, que caiu de 44% para 39%, a menor desde janeiro (35%).

Em maio deste ano, em comparação a abril, as áreas com seca tiveram aumento em seis das 20 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas: Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins. Já no Espírito Santo o fenômeno voltou a ser identificado, o que não acontecia desde fevereiro deste ano.

No sentido oposto, dois estados tiveram redução de sua área com seca: Alagoas e Pernambuco. Outros dez estados não tiveram variação da área com seca (Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe), enquanto o Distrito Federal permanece sem registrar o fenômeno desde janeiro.

Em sete estados, 100% de seus territórios registraram seca em maio na comparação com abril: Bahia, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Outros três estados registraram entre 97 e 99,5% de área com seca: Ceará, Goiás e Paraná. Exceto o DF, as demais nove unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor apresentam entre 33% e 88% de suas áreas com o fenômeno.

Agravamento da severidade

Em termos de severidade do fenômeno, dez estados tiveram um agravamento da seca em maio: Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo.

Já no Espírito Santo a seca fraca voltou a ser registrada. Nos casos de São Paulo e Santa Catarina houve respectivamente uma forte expansão das áreas com seca excepcional e seca extrema. Além do território paulista, parte do Triângulo Mineiro também registra seca excepcional, a mais severa na escala do Monitor.

Por outro lado, três unidades da Federação tiveram abrandamento da situação de seca: Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Enquanto o DF segue sem o fenômeno, as demais unidades da Federação mantiveram a severidade da seca identificada em abril. Veja a seguir a distribuição das categorias de seca em todas as unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor em maio.

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, a Bahia lidera a área total com seca, seguida por Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, como ilustra o gráfico a seguir.

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